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Bola na Rede: o futebol no cinema

qua, 4 de junho de 2014 00:00

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Falta uma semana para a esperada Copa do Mundo, um dos eventos esportivos mais aguardados do planeta. Essa paixão serviu de inspiração para muitos filmes que tiveram o futebol como tema central ou pano de fundo, sob diferentes pontos de vista. O fanatismo do torcedor, do jogador de origem humilde que se tornou uma estrela dos gramados, os momentos felizes proporcionados pela vitória do time de coração. Até a esperada estréia do Brasil contra a Croácia no dia 12, o cinema pode ajudar o torcedor a manter o clima. Confira abaixo algumas indicações da coluna.

O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias (2006): Mauro é um menino de 12 anos, filho de ativistas políticos em plena ditadura militar. Os pais precisam fugir e ele é deixado com o avô. Mas desventuras o levam a morar com o vizinho Shlomo, um velho judeu solitário. Apesar das dificuldades, Mauro tem momentos de alegria ao assistir os jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo de 1970. O filme dirigido por Cao Hamburger recebeu elogios e premiações. Um dos pontos fortes é a abordagem diferenciada sobre um tema que muitas vezes dá a sensação de ter se esgotado. Num dos momentos mais interessantes do filme, alguns comunistas tentam não torcer para o Brasil, por acreditar que a vitória só reforçaria as decisões do regime.

Fuga Para a Vitória (1981) – O icônico filme em que Stalone e Pelé jogam futebol, vale dar uma olhada pelo inusitado. A história se passa em um campo alemão de prisioneiros de guerra.  O major Karl von Steiner, que participou  da seleção alemã de futebol, resolve organizar uma partida entre prisioneiros aliados e alemães. O objetivo, claro, vencer o jogo e usar a vitória de propaganda para justificar a guerra e a supremacia ariana. Os aliados são treinados pelo capitão John Colby (Michael Caine), um inglês que era um conhecido jogador de futebol e recebe a tarefa de escolher o time. Em meio a tudo isso, os jogadores aliados planejam uma arriscada fuga durante a partida.

Gol! (Trilogia): Santiago Munez sonha em se tornar um grande jogador de futebol. O jovem mexicano e família cruzam a fronteira e passam a morar em Los Angeles, California. Ele ajuda o pai a limpar piscinas e joga futebol apenas por diversão. Sua sorte começa a mudar e ele então é contratado pelo Newcastle United, time da primeira divisão do campeonato inglês. Mas o desafio apenas começou e muitos obstáculos terão de ser superados. Filmado em estádios tradicionais e com participação de jogadores famosos, a história ganha em realismo e presenteia os amantes do futebol. O segundo filme da trilogia trás um grande salto no destino de Santiago. O terceiro filme tem uma trama um tanto confusa, de qualidade inferior, se comparada às outras duas.

Febre de Bola (1997) – O professor de inglês Paul Ashworth (Colin Firth) não vê problema algum em sua paixão pelo futebol até que conhece Sarah. A obsessão do namorado poderia até ser levada numa boa, mas o Arsenal, time para o qual ele torce, está se saindo muito bem no campeonato e roubando a atenção dele. Mulher ou futebol? É uma escolha que deixa os homens em maus lençóis, assim como o protagonista deste filme. Mas talvez possa haver um meio termo entre ambos.

Kung Fu Futebol Clube (2001) – Nesta comédia, Sing é um devoto do kung fu que possui um poderoso chute. Descoberto por um técnico de futebol, Sing entra em um time formado por mestres do kung fu cujo objetivo é ganhar um atraente prêmio em dinheiro oferecido por um campeonato local de futebol. Para colocar a mão na grana, precisam ganhar do temido “Team Evil”. Olhando assim a história até parece clichê, mas o humor nonsense faz a diferença.
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Hooligans (2005) – O filme chegou direto para as locadoras aqui no Brasil, talvez pela polêmica gerada lá fora, acompanhada de premiações. Matt Buckner (Elijah Wood, o eterno Frodo de Senhor dos Anéis) é expulso injustamente de Harvard por conta de uma falsa acusação de porte de drogas e resolve passar uns dias na casa de sua irmã para esfriar a cabeça. Ao fazer amizade com o cunhado dela, entra no mundo das violentas torcidas organizadas da Inglaterra. Assim como outras tribos urbanas, os hooligans costumam beber bastante e atacar verbal e fisicamente as torcidas adversárias antes de entrar nos estádios. Esse é um daqueles momentos em que o cinema e a realidade são quase impossíveis de se distinguir. Esse tipo de comportamento não é exclusivo da terra da rainha. Gaviões da Fiel e outras tantas estão aí para confirmar.

md3Driblando o Destino (2002) – Quem disse que futebol não é coisa para meninas? Jesminder Bhamra sonha em se tornar uma jogadora profissional e tem como ídolo David Beckham. O fato de ser mulher adiciona dificuldades nessa luta e ainda por cima, sua família deseja que ela siga os costumes indianos tradicionais, se casando e tendo filhos o quanto antes. Jesminder se vê obrigada a escolher entre a tradição de seu povo e seu sonho. Diferente do Brasil, conhecido como o país do futebol, aqui não há espaço para elas. É nos Estados Unidos que o futebol feminino está presente, em competições colegiais e universitárias. Isso explica porque as americanas são as melhores do mundo.

Maldito Futebol Clube (2009) – A trama se passa entre as décadas de 60 e 70, tendo como foco o período mais turbulento da carreira de Brian Clough, um dos maiores treinadores da Inglaterra. Depois de ganhar respeito comandando um pequeno time que deixou a última posição do campeonato e assumiu a liderança, ele é convidado para ser técnico do gigante Leeds United.  Com uma personalidade forte, Clough não gostava do comportamento dos jogadores e criticava o técnico anterior. A passagem pelo Leeds foi um fracasso, mas algo grandioso ainda estava por vir. O filme é dirigido por Tom Hooper, vencedor do Oscar de Melhor Direção por O Discurso do Rei.

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