por Talita Gonçalves

Sistema de empréstimo não é informatizado e estrutura necessita de reparos

Cerca de 50 pessoas frequentam diariamente a Biblioteca Professor Paulo de Oliveira, que tem um acervo de mais de 50 mil exemplares entre livros, revistas e gibis. Das 7 às 18h, recebe pessoas de todas as idades, sejam aqueles que ainda mantêm o hábito da leitura ou estudantes que desejam ingressar na universidade, passar em concursos públicos.

Apesar de contribuir diretamente para a promoção do saber e da cultura, a biblioteca atravessou gestões públicas sem oferecer ao usuários ponto de internet wi-fi e um sistema de empréstimo informatizado. Nesse sentido, depois de ouvir frequentadores do local, a vereadora Virgínia Alcântara (PTC) apresentou na sessão da Câmara de terça-feira, 14, um requerimento pedindo para que o governo providencie instalação de internet.

 

De acordo com um entrevistado que preferiu não se identificar, a falta do sistema informatizado para cadastrar os exemplares dificulta a localização. “Uma vez fiquei mais de meia hora procurando um livro. Quando estudava na UFU, dava para consultar o livro pela internet, anotar a numeração dele e achar bem rápido nas estantes, não tinha erro,” contou.

A estudante Carla de Souza, de 16 anos, acredita que a biblioteca deveria oferecer uma estrutura melhor. “A gente vem com o laptop e às vezes quer pesquisar algo, mas não tem internet. Acho isso um absurdo,” comenta.

A reportagem apurou ainda que o prédio necessita de alguns reparos e que o ar condicionado não funciona. Dessa forma, o ambiente em determinados horários do dia esquenta e incomoda não só os usuários como os funcionários.

O presidente da Fundação Araguarina de Educação e Cultura (Faec) Jean Laverdi, afirmou que o ar condicionado não pode ser instalado porque a rede elétrica não suporta. Ele comentou que começaram os trabalhos junto à Cemig para avaliar o custo dessa intervenção no sistema de energia.

O presidente disse também, que não recebeu o requerimento da vereadora, que ainda está dentro do prazo regimental. Ele declarou que a disponibilidade da internet estava incluída no projeto geral de digitalização do sistema, mas irá rever o planejamento. “É uma vergonha não ter uma internet numa biblioteca pública, mas estamos há poucos dias no governo; pretendemos dar andamento. Acredito que o wi-fi seja algo menos demorado para se fazer,” concluiu.