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Bastidores do Esporte

sáb, 20 de setembro de 2014 00:04

Abertura Bastidores do Esporte

ELA VOLTOU

Mais de 30 anos depois um episódio novamente chamou a atenção no bairro Brasília. Um animal equino adentrou ao gramado em plena disputa do campeonato de futebol amador, mesmo com o local cercado por alambrado. E Sandoval Pacu aplicou cartão vermelho no bicho, uma vez que não assinou a súmula. Na década de 80, no mesmo bairro, porém em outra praça esportiva, uma égua invadiu o campo, que era totalmente aberto. O jogo era União x Flamengo. Numa finalização, a bola bateu no animal e foi para o gol, sendo confirmado pelo árbitro Jonas Lopes Marques. Até hoje ninguém sabe o paradeiro do equino que entrou no Cesac 1 no último domingo.
charge bastidores
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RAPIDINHAS

** Flamengo do bairro Miranda coleciona seu segundo rebaixamento no período de seis anos.

** Emerson Sheik e Valdívia jogam muito, mas gostam de polêmica e de departamento médico.

** O homem-aranha é muito querido, mas o Aranha, goleiro do Santos… Péssimo exemplo de parte da torcida gremista, de novo.

** Amorim e União são favoritos na Segunda Fase. Em se confirmando isso, restam duas vagas para seis equipes. Dos sete jogos para cada, quatro vitórias garantem passagem às Semifinais.

** Está chegando mais uma edição do Guia do Amadorão, desta vez com algumas surpresas. Aguardem!!!

** E o campo do Flamengo. Até quando vai continuar a enganação?
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RAPOSA DO BOSQUE – POLÊMICA HISTÓRICA

polemicaO uso da mala branca já foi admitido e comprovado no Campeonato Mineiro de 1971. Na penúltima rodada daquele Estadual, que seguia o sistema de pontos corridos com turno e returno, como é o atual Campeonato Brasileiro, o América era líder com um ponto a frente do Cruzeiro. As duas equipes disputavam a liderança, rodada a rodada, desde o início do certame. O Atlético não fazia boa campanha e estava sem chances de chegar ao título.

O América recebeu o Fluminense Futebol Clube de Araguari, num sábado, no Mineirão, enquanto o Cruzeiro enfrentaria o Tupi, no domingo, também em BH. O Tricolor araguarino era ameaçado de rebaixamento e, teoricamente, seria um jogo fácil para o América que garantiria o título antecipado com uma vitória.

Antes da partida o presidente do Fluminense revelou que era torcedor do Cruzeiro e que estava pronto para ajudar o seu time do coração naquilo que fosse preciso. Ele surpreendeu os jornalistas ao exibir um cheque no valor de 12 mil cruzeiros que, segundo ele, foi entregue pelo Cruzeiro, para servir de estímulo aos seus jogadores. Uma autêntica mala branca.

A Raposa do Bosque jogou com muita garra e segurou o América arrancando um empate. No domingo, o Cruzeiro goleou o Tupi por 4 a 0 com um show de Tostão e alcançou o Coelho na liderança.

Os resultados transformaram os jogos da última rodada entre América e Uberlândia, no sábado, e Cruzeiro e Atlético, no domingo, numa decisão.

As declarações do presidente do Fluminense provocaram uma revolta junto aos dirigentes do Mecão. Acusaram o Cruzeiro e o clube do Bosque de prática de corrupção. Ameaçaram denunciar o fato ao Conselho de Futebol e Desporto (CFD).

Diante desta situação, o ex-vice presidente do América, Hélio Brasil de Miranda, iniciou um movimento, durante a semana, junto a torcedores e sócios do clube, para arrecadar 50 mil cruzeiros. O dinheiro iria servir para pagar aos jogadores do Galo por uma vitória sobre o Cruzeiro. Um prêmio em dinheiro, em especial, seria dado ao atacante Dario, para cada gol que marcasse.

Os jogadores e a diretoria do Atlético foram procurados pela imprensa. A diretoria do clube dizia não ter conhecimento de que seus jogadores haviam sido procurados pela diretoria do América e que o time entraria em campo para vencer o seu maior rival sem a necessidade de um estímulo extra.

No sábado, o América fez o seu papel e venceu o Uberlândia por 3 a 2. Bastava torcer para que a mala branca desse resultado no clássico. Uma vitória ou um simples empate daria o primeiro título ao clube na era Mineirão.

O clássico de 27 de junho, como não poderia deixar de ser, foi muito disputado e polêmico. O Atlético venceu por 1 a 0 e o Cruzeiro saiu reclamando a anulação de um gol de Tostão, que poderia ter mudado a história do jogo. O Galo venceu, mas quem comemorou foi a torcida americana.

Na segunda-feira foi dia de um movimento atípico numa agência do Banco Mineiro do Oeste, na rua da Bahia, no centro da capital. Os jornalistas presenciaram o comparecimento de todos os jogadores do Atlético, que receberam cada um a importância de 1.500 cruzeiros prometidos pelo América.

Foram depositados 30 mil cruzeiros e o dinheiro foi dividido pelo pessoal da agência do banco aos titulares e reservas do time, mais o técnico Telê Santana.

A presença dos atletas atleticanos à agência bancária só chegou ao conhecimento da diretoria alvinegra, através da imprensa, que declarou que nada poderia fazer para impedir que outro clube oferecesse dinheiro pela vitória do time.

Tentando se esquivar, a diretoria atleticana ainda provocou o Fluminense de Araguari, dizendo que somente desta maneira é que aquele clube se empenharia em campo para obter um bom resultado.

Apesar da troca de farpas, entre América, Atlético e Fluminense,  o clássico de 27 de junho de 1971 evidenciou ao futebol mineiro de que a prática da mala branca não é um mito como muitos pretendem. Ela existe e é uma das facetas deste esporte que, dentre estas e muitas outras coisas, o torna tão fascinante. (FONTE: ALMANAQUE DO CRUZEIRO)
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VOCÊ SABIA?

No dia 22 de junho de 1996, o Estado de Roraima, que possui o campeonato estadual mais novo do país, presenciou um fato jamais ocorrido no futebol brasileiro. A partida pelo estadual, entre o Rio Negro e o Progresso, teve a incrível marca de 1 pagante, o autor de tal façanha, foi o motorista do Ministério de Agricultura de Boa Vista, Abraão Pereira de Souza. A renda da partida também atingiu a incrível marca de R$ 5,00 (cinco reais), sendo que cada clube ficou com a não menos incrível quantia de R$1,00 (um real). Um mês antes, em outra partida entre as mesmas equipes, o público pagante foi de quatro pessoas, com renda de R$ 20,00 (vinte reais).
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PALPITÃO

De olho nos jogos da quarta rodada do segundo turno: Goiás 2 x 1 Palmeiras, Criciúma 2 x 1 Botafogo, Flamengo 2 x 3 Fluminense, Sport 2 x 0 Coritiba, Corinthians 2 x 1 São Paulo, Santos 3 x 1 Figueirense, Atlético/PR 2 x 1 Internacional, Vitória 2 x 1 Bahia, Grêmio 3 x 1 Chapecoense e Cruzeiro 2 x 2 Atlético Mineiro.

Acertos da semana passada: vitórias de Internacional, Atlético/PR, Criciúma, Bahia, Santos, São Paulo e Fluminense.
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PERSONAGEM

personagem
A capoeira de Araguari e Indianópolis brilhou no Primeiro Jogo Cazuá, em Jaú, estado de São Paulo.  Fabrício Flávio, o Meio Quilo, conquistou o título de campeão Adulto Graduado, se classificando para a primeira etapa dos Jogos Brasileiros de Capoeira, junto com os atletas Rafael Luiz “Raça” e Eder Campos “Zorro”. Os araguarinos viajaram com o apoio do empresário Fágner (Palace Hotel), Sassá Torneadora, secretário de Esportes Maurício Ramos, prefeitura de Indianópolis e vereador Douglas Alexandre. Parabéns aos nossos capoeiristas pela brilhante representação.
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BOLA CHEIA

Para a valentia do Contenda, que jogou por mais 90 minutos com oito atletas e mesmo assim empatou com o Diamante, numa partida que envolveu dois times desclassificados do Amadorão.
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BOLA MURCHA

Para os atletas que deixaram o Contenda a ver navios na última rodada da Primeira Fase, numa demonstração de irresponsabilidade e desrespeito ao clube bicampeão araguarino.

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