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Baixas temperaturas não afetam lavouras de café em Araguari

qua, 27 de julho de 2016 05:13

Da Redação | Com Assessoria

Produtores de café em Campos Altos, no Alto Paranaíba, tiveram muito prejuízo devido à geada que caiu sobre a cidade na semana passada

Araguari e Monte Carmelo estão entre as cidades da região do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba que não tiveram sua produção cafeeira afetada pelas baixas temperaturas dos últimos dias, cenário diferente do ocorrido no Sul de Minas Gerais, onde lavouras foram destruídas pela forte geada.

O presidente da ACA (Associação dos Cafeicultores de Araguari), Claudio Morales Garcia, disse que a região de Araguari não terá impactos. Segundo destacou, há anos isto não acontece no município. “As temperaturas não tem sido baixas a ponto de destruir lavouras, portanto, não há indícios de prejuízos”.

Araguari é referência em cafés produzidos com qualidade

Araguari é referência em cafés produzidos com qualidade

 

Por outro lado, o presidente apontou problemas devido à seca, mas sua previsão é de que o clima não impeça o bom desenvolvimento deste setor. “A nossa região está muito seca. Mas a perda não será considerável, pois possuímos irrigação e isto evita os transtornos”, explicou.

A diretora da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado (Coocacer), Evanete Peres Domingues, também informou que os cooperados da região não tiveram perdas na produção de café ocasionadas pela queda de temperatura, porém afirmou que existe estimativa de queda de até 15% na safra desse ano, causada por outros fatores. “Passamos por um período muito grande sem chuva e com Sol muito forte. Por isso, a peneira (grãos que não tiveram bom desenvolvimento) está maior e vamos precisar de mais grãos para compor o kg de café”, disse a produtora, que possui uma lavoura de café de 200 hectares.

Produtores de café em Campos Altos, no Alto Paranaíba, tiveram muito prejuízo devido à geada que caiu sobre a cidade na semana passada. A formação de cristais de gelo nas plantas atingiu várias fazendas em uma área de pelo menos 1.200 hectares de cafezal. A estimativa do Sindicato Rural é que a geada tenha atingido pelo menos 4 milhões de pés e gerado um prejuízo que passa de R$1,5 milhão para alguns produtores.

De acordo com o produtor rural Renato Caetano Domingos, não geava com essa intensidade há aproximadamente 15 anos. “Foram queimados 150 mil pés de café em cerca de uma hora. É um susto, uma sensação de vazio porque é um trabalho de uma vida”, contou.

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