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Medida prorrogada: autoescolas ainda não contam com simulador de direção

sáb, 1 de fevereiro de 2014 00:02
Aparelhos registram ao menos dez situações de circulação. Foto: Divulgação

Aparelhos registram ao menos dez situações de circulação. Foto: Divulgação

DA REDAÇÃO – Começou a valer a partir deste mês, uma das novas resoluções do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que prevê a utilização de simulador virtual na formação dos condutores. Em vigor desde junho do ano anterior, a determinação havia sido estendida até o dia 31 de dezembro. Ainda assim, as autoescolas enfrentam dificuldades para aderir à exigência.

De acordo com o Sindicato dos Proprietários de Centro de Formação de Condutores de Minas Gerais (SIPROCFC-MG), menos de 1% das autoescolas conta com o aparelho no território mineiro. Não bastasse isso, o alto custo e a falta de concorrência nas empresas credenciadas comprometem o processo. Foi o que informou o instrutor de legislação, Glaicon Fernandes. Em entrevista ao Jornal Gazeta do Triângulo, ele ainda adiantou a prorrogação do prazo junto ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

“Estamos aguardando as ofertas dos fornecedores que serão credenciados para adquirirmos o produto com todas as devidas adequações. Até então, apenas uma empresa ofereceu o simulador em um valor acima de R$ 40 mil. Por isso, o Denatran prorrogou o prazo para que os centros se enquadrem à determinação”, declarou.

Conforme apurou a reportagem, os representantes do Denatran haviam recebido uma solicitação para prorrogar a exigência em até 12 meses. Em entrevista ao Jornal Gazeta do Triângulo, Glaicon Fernandes também elucidou a dinâmica do simulador que, segundo ele, não avalia integralmente a desenvoltura do motorista.

“O equipamento registra a perda de controle, as dificuldades e as eventuais infrações cometidas pelo condutor. Entretanto, não garante que o aluno estará hábil para o exame de rua. Muitas situações adversas como falhas em pneus, animais na pista e travamento de rodas não podem ser atribuídas ao simulador”, explicou.

Com base na resolução do Contran, os alunos precisam concluir cinco aulas de 30 minutos no aparelho, com no máximo três períodos ao dia. A previsão é que haja uma diferença nos valores cobrados ao condutor, assim como na taxa anual repassada pela autoescola ao Denatran.

EXPEDIÇÃO

Durante todo o mês, integrantes do Denatran, Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto) e Associação Nacional dos Detrans (AND) visitam diversos Estados a fim de acompanhar a implantação dos equipamentos nos centros de formação. A priori, o percurso deve encerrar em meados de fevereiro, quando os representantes irão elaborar um relatório sobre as adequações.

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