por Mel Soares

Representante sindical anuncia ações judiciais contra a prefeitura e empresa Sertran

Há quatro anos, o contrato emergencial firmado entre prefeitura e a empresa Directa Transporte LTDA, conhecida como Sertran (Sertãozinho Transporte Coletivo) era renovado a cada três meses.

O processo licitatório para contratação de empresa apta a assumir os trabalhos teve início em dezembro e deve ser finalizado hoje, 24, com a abertura dos envelopes conforme informações do secretário de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana, Luiz Antônio Lopes.

 

No governo anterior, 76 mil vales transporte eram comprados mensalmente, o que não condiz com a quantidade de servidores municipais que usufruem do benefício, segundo o Procurador-geral do município, Leonardo Henrique de Oliveira.

Conforme a atual administração, por mês é necessária a compra de apenas 18 mil passes equivalente a 47.700 mil reais. O Ministério Público foi avisado de que há indícios de que o restante, ou seja, mais de 50 mil vales, era utilizado ilegalmente por meio de venda pela metade do preço.

Uma das preocupações dos representantes do Sindttrans (Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários) é de que os funcionários sejam prejudicados com a mudança tendo em vista a falta de pagamento salarial e de outros direitos trabalhistas os quais geraram paralisação nesta quarta-feira, 22.

 

De acordo com o presidente do sindicato, Célio Moreira, a partir das 10h desta sexta-feira, 24, os trabalhadores se reunirão em assembleia na porta do Palácio dos Ferroviários.

“A prefeitura de Araguari, assim como em outras cidades, tem transtornos financeiros e tenta fugir de algumas responsabilidades para fazer economia. No entanto, precisamos entrar em acordo para que a classe não seja afetada e tenha garantia de que serão contratados pela empresa vencedora de processo licitatório”, completou o presidente sindical.

Nesta quinta-feira, 23, o sindicato começou a selecionar documentação necessária para dar entrada em ação judicial contra a empresa Sertran e a prefeitura.

Pela falta de reestruturação no sistema de transporte coletivo em Araguari a expectativa é de que o transtorno se repita mesmo com o processo licitatório. “Em Araguari ainda não há regulamentação de mototaxistas e uma clientela satisfatória de usuários do transporte coletivo. Temos um sistema decadente que precisa ser revisto”, concluiu Célio Moreira.