Da Redação

Nessa quinta-feira, 18, a Comissão de Saúde da Câmara Municipal promoveu audiência pública com o objetivo de esclarecer a situação da saúde pública em Araguari. A Comissão é composta pela vereadora Ana Lúcia Rodrigues Prado (PTB), na função de presidente; Douglas Vieira “Tibokinha” (PP) no cargo de vice-presidente e Werley Macedo (PSB), como membro.

Houve debates pertinentes com a presença da comunidade

Representantes de diversos departamentos da secretaria municipal de Saúde estiveram presentes no evento, bem como os diretores da Organização Social Missão Sal da Terra que gere a UPA (Unidade de Pronto Atendimento), da Santa Casa de Misericórdia e do Imepac (Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos).

Um dos assuntos que foi destacado durante a audiência diz respeito a morosidade na transferência de pacientes que chegam até a UPA e precisam ser encaminhados com urgência a unidades hospitalares especializadas.

Os representantes das unidades de saúde destacaram informações como a quantidade de leitos disponíveis; insuficiente para atender a demanda.

Uma das denúncias que foram esclarecidas na reunião foi sobre o trabalho de fiscalização da Vigilância Sanitária nas unidades de saúde. De acordo com a secretária municipal de Saúde, Iara Borges, a denúncia feita na Câmara Municipal não procede. “A informação que chegou até o vereador Dhiosney Andrade (PTC) é de que os estabelecimentos na área da saúde não têm autoclave, material de esterilização, no entanto, trata-se de uma denúncia infundada. A audiência foi uma das maneiras que encontramos de esclarecermos sobre o assunto”, disse a titular da pasta de Saúde.

Outro assunto comentado pela secretária foi relativo a economia gerada em sua pasta, de 650 mil reais por ano. “Foi possível conseguir com laboratórios e clínicas de ressonância preços da tabela do SUS sem a necessidade de complementação por parte do município. Sabemos das dificuldades enfrentadas pela falta do repasse do governo estadual, por isso, estamos unindo esforços para conseguir manter a qualidade do serviço de saúde”, ressaltou.

O contrato com a clínica que disponibiliza os exames de ressonância magnética foi assinado nesta semana e começaram a ser novamente viabilizadas as atividades.

A vereadora Ana Lúcia disse que um dos transtornos referentes à saúde é a falta do aparelho de ultrassom. “Foi aberta a licitação, mas não houve empresas interessadas. A expectativa é de que o problema seja resolvido nas próximas semanas.”

Conforme a secretária de Saúde, a expectativa é de que até a semana que vem os impasses relativos à contratação dos serviços sejam resolvidos.

Um dos projetos, previsto para ser colocado em prática na cidade, diz respeito a espaços que devem ser cedidos pela Santa Casa para realização de cirurgias ortopédicas por meio de atividades de alunos da UFU (Universidade Federal de Uberlândia) acompanhados de professores. Para isso, ainda é necessário que o hospital receba equipamentos para o pré-operatório, além de disponibilizar mais leitos para atender a demanda.

A presidente da Comissão disse que tem acompanhado todas as reuniões referentes a área da saúde no município. “As informações recebidas são repassadas a comunidade, mas a audiência possibilitou a participação das pessoas, que também puderam fazer os questionamentos e aqueles que não puderam comparecer, acompanharam a discussão pela internet, onde foi transmitida a reunião”, completou.

O trabalho realizado pelo Imepac por meio do ônibus Expresso Saúde também foi algo destacado. “Trata-se de uma ação que tem surtido efeito. Temos feito cobranças para que seja viabilizado um posto de saúde no Portal dos Ipês e enquanto isso não acontece, a comunidade tem sido atendida por meio deste projeto do Imepac, que percorre os bairros mais distantes para levar atendimento médico, e isso é extremamente importante”, considerou.