Assassinato de ex-vereador: Tribunal mantém novo julgamento para Araguari
sáb, 28 de junho de 2014 01:33Inconformado com absolvições, MP queria realização do júri em Uberlândia
DA REDAÇÃO – A Segunda Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais não aceitou o pedido do Ministério Público, pretendendo o desaforamento para a comarca de Uberlândia do júri popular de Valter Pedrosa Ferreira, o “Valtinho Peão”, acusado de mandar matar seu ex-cunhado Raulino José Naves, que exerceu o cargo de vereador no município. O crime deu-se em 2003.
Foram realizados três julgamentos em Araguari, todos resultando na absolvição de Valtinho, sendo que os dois primeiros restaram anulados pelo TJMG e o terceiro impugnado por recurso de apelação, ainda pendente de julgamento.
Para tentar mudar o local da nova sessão do júri, o Ministério Público alegou que, se a mesma ocorrer outra vez em Araguari, restaria prejudicada no tocante à imparcialidade dos jurados, tendo em vista a grande repercussão que o caso alcançou, de modo que, mesmo acontecido há cerca de dez anos, não ficou esquecido pela população local.
Além disso, afirmou o MP que o réu é pessoa conhecida, exercendo grande influência na sociedade, e que a vítima acumulava inimigos políticos e contava com a desaprovação da comunidade, pois, sete anos antes, cometera um homicídio vitimando sua esposa Raquel Naves, irmã de Valtinho.
Por unanimidade, a Segunda Câmara Criminal manteve a sessão de julgamento para a comarca de Araguari, assim como ocorrera em 2004: “ora, se naquela ocasião foi reconhecido que o réu poderia ser submetido a júri popular na comarca de Araguari, quanto mais agora, após o transcurso de maior lapso temporal, possibilitando aos jurados que recobrem a serenidade para decidir a respeito do caso apresentado”, colocou a desembargadora Beatriz Pinheiro Caires.
No seu entendimento, a possibilidade de que o corpo de jurados aja com parcialidade, predisposto a absolver Valter Gomes Pedrosa, apresenta-se remota, até pela distância entre as mortes de Raquel e depois do próprio Raulino.
“Mesmo que tais delitos ainda causem certa comoção social ou indignação na população local, não é razoável reconhecer que permaneça um clamor social no sentido da absolvição do réu que, supostamente, teria agido como forma de se vingar da morte de sua irmã, assassinada pelo marido”, concluiu Beatriz Caires.
INOCENTE
No dia 1º de fevereiro do ano passado, Valter Gomes Pedrosa sentou no banco dos réus pela terceira vez. Assim como nas anteriores, o acusado saiu absolvido do Fórum Oswaldo Pieruccetti, mas, desta feita, numa sessão bem mais rápida.
Valtinho, de 66 anos, havia sido absolvido também nos julgamentos do dia 7 de março de 2005 e dia 9 de abril de 2008. Ele chegou a permanecer por mais de um ano preso.
“Diante das circunstâncias, como a conduta agressiva de Raulino e de algumas ameaças de morte, além de outras notícias envolvendo a vítima, o Valter não encontrou outra saída senão tomar tal altitude”, comentou na época o defensor público Marcos Antônio Ferreira Gomes. “Os jurados entenderam que não houve um crime de vingança”, acrescentou.
Nenhum comentário
Últimas Notícias
- Agro brasileiro no centro das discussões globais ter, 9 de dezembro de 2025
- Uberlândia com bebês abaixo do peso ter, 9 de dezembro de 2025
- RADAR – 8 DE DEZEMBRO ter, 9 de dezembro de 2025
- 53º Batalhão de Polícia Militar lança Operação Natalina 2025 ter, 9 de dezembro de 2025
- Celebrações natalinas e horários estendidos no comércio tornam dezembro mais mágico em Araguari ter, 9 de dezembro de 2025
- Copa EJC – LAFS ter, 9 de dezembro de 2025
- Polícia Rodoviária Estadual paulista prende morador de Araguari com várias porções de drogas escondidas no corpo ter, 9 de dezembro de 2025
- DA REDAÇÃO – 9 DE DEZEMBRO ter, 9 de dezembro de 2025
- Foram conhecidos os semifinalistas da competição ter, 9 de dezembro de 2025
- Caso de adolescente de 16 anos morto segue em investigação em Araguari ter, 9 de dezembro de 2025
> > Veja mais notícias...

