Da Redação

Fundação Araguarina de Educação e Cultura aguarda posicionamento do prefeito, que está viajando

Faltam 22 dias para o Carnaval e, ao contrário das cidades da região, Araguari não tem definição sobre o assunto. Terça-feira, 16, no período noturno, a Fundação Araguarina de Educação e Cultura – Faec – faria reunião para ter um posicionamento sobre a realização ou não da festividade. Segundo o presidente da fundação, Jean Carlos Laverdi, ainda estão aguardando posicionamento do prefeito. “O prefeito viajou na terça-feira, ficou de retornar e decidir, mas ainda não me passou a resposta”, disse à Gazeta do Triângulo.

 

De acordo com o secretário de Gabinete, Marco Antônio Farias, ainda não há previsão a respeito do Carnaval. Caso seja cancelado, será o segundo ano consecutivo sem investimento público na festa. De acordo com o presidente da Faec, a equipe está participando de reuniões para definir se haverá Carnaval esse ano. “Estamos discutindo a situação com o prefeito Marcos Coelho (MDB) e definindo se os recursos serão aplicados em outras áreas ou se faremos o Carnaval. Estamos aguardando a decisão do prefeito e iremos respeitá-la”.

Atualmente, a cidade conta com quatro escolas de samba, sendo o “Arrastão do Miranda”, “Afoxés da Nova República”, “Unidos do Paraíso” e “Unidos do Sewa”. Alguns presidentes mostram-se apreensivos com o tempo de preparação, caso haja subvenção. Outras afirmam que não participarão do desfile, nem que haja subsídio da prefeitura, como é o caso da Escola de Samba “Unidos do Paraíso”. “Estamos passando por uma situação particular e não teremos condições, mesmo com a subvenção”, afirma a presidente da escola Gabriela Gomes Rosa. Para ela não há estrutura em Araguari para a realização do Carnaval. “Na situação em que a cidade se encontra, seria uma incoerência”.

José Edinei, presidente da Escola de Samba “Unidos do Sewa”, acredita que a ausência da festa acaba com a tradição cultural. “Parece que o município tem outras prioridades e não pretende fazer o Carnaval. Ficamos até sem atitude, pois, dois anos seguidos sem a festividade, praticamente acaba com a tradição”. Em 2016 a “Unidos do Sewa” participou como escola em avaliação e, em 2017, participaria como escola de samba, porém, as comemorações foram canceladas. “Estamos com tudo regularizado esperando o posicionamento da prefeitura. Ano passado nossa expectativa era grande e o Carnaval foi cancelado. Se esse ano tiver subvenção, com certeza iremos participar”.

Alguns municípios da região apoiarão a festividade com menos recursos e outros cancelaram pelo segundo ano consecutivo. Esse ano, o Carnaval começa no dia 9 de fevereiro e termina na terça-feira, 13. Em Uberlândia, a festividade ficará sem recursos municipais pelo segundo ano consecutivo, porém, a Associação das Escolas de Samba de Uberlândia (Assosamba) espera conseguir terceirizar o Carnaval, como fez no ano passado. Em Patos de Minas, a festividade também não contará com verba pública esse ano.

O Carnaval está confirmado, desde o mês de dezembro, na cidade de Indianópolis. A prefeitura afirmou que conseguirá realizar a festa, orçada em aproximadamente R$ 90 mil, regrando as contas e economizando. Em Ituiutaba a festividade também foi confirmada no final do ano passado. Em 2017, a prefeitura promoveu uma festa cultural no valor de R$ 38 mil e pretende promover ações esse ano com o mesmo valor.

O Prata confirmou a festividade no mês passado e começou os preparativos em dezembro. A expectativa é que os investimentos sejam semelhantes aos de 2017, no valor de aproximadamente R$ 450 mil. Nesse município, o Carnaval é considerado o maior evento festivo público.

Em Caldas Novas (GO) a prefeitura também apoiará a festividade. Por enquanto, apenas uma atração foi confirmada, mas a expectativa é que bandas municipais e locais façam vários shows durante os dias de Carnaval.