AI-5 da Copa, por Inocêncio Nóbrega
qua, 18 de junho de 2014 00:03* Inocêncio Nóbrega
Ah, meus patrícios, de nada valeram os apelos, pacíficos e a mobilização popular por um Brasil menos indecente. As elites usam a grande mídia comprometida, juntos levando a uma situação mais de urubu que de colibri, no dizer de Stanislau Ponte Preta.
Um lamaçal, horripilante e fedorento, é o que vemos nos costumes políticos e administrativos do país. O esbanjamento de verbas públicas segue firme. Não há investimentos nas escolas sem carteiras, hospitais sem leitos, população sem segurança. As luzes dos direitos constitucionais foram apagadas e o aluguel da Pátria negociada, a pedido de uma nova galegada, inteligente, quando o assunto é imiscuir-se na vida econômica e institucional de outros povos. Pois bem, são galegos que se escondem sob a sigla Fifa, entidade mafiosa e centenária, sediada na Suíça, pertinho da dinheirama dos espertalhões brasileiros, que se repatriada daria para financiar a competição.
A arte de corromper, nada amadora, transforma o futebol em um próspero balcão de negócios, elevando a cada copa seu já aviltante faturamento. Da anterior, na África do Sul, dos R$ 3,2 bilhões arrecadados obteve R$ 700 milhões de lucro. Do Brasil, estima-se auferir 20% sobre esse valor. São ganhos gerados de negociatas, propinas e exploração comercial e exclusiva, nas áreas dos eventos, de produtos de seus patrocinadores, à custa da expulsão da mercância informal dos filhos da terra. Há mais, rendas advindas das estações de TV, mediante fabulosos contratos de transmissão. Até a bola Brazuca, encomendada à multinacional alemã Adidas, associada da ISL de João Havelange, e são milhões delas, vendidas a preço de R$ 400 cada, fabricadas por empresa paquistanesa sob mais valia de o equivalente a R$ 120,00 mensais! Os tubarões da Fifa fazem a festa.
Os cartolas nacionais, encastelados na CBF, acumulam dezenas de processos, por lavagem de dinheiro. O Congresso, ou “Quengresso”, na expressão do saudoso radialista cearense Wilson Machado, editou a Lei Geral da Copa, o AI-5 da Copa, a mando desses galegos valentes. Lembra os anos de chumbo, com enorme aparato militar, a fim de coibir qualquer opinião adversa. Em seu apoio é contratada tecnologia israelita contra terrorismo, para assim forjar essa tipificação de crime. Empreiteiras, acionadas para construção ou reforma dos estádios, enriquecem-se, vez que não há controle na aplicação dos recursos, numa combinação de traidores à própria paixão pelo futebol, que temos todos nós.
* Jornalista
inocnf@gmail.com
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