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Aeroporto Santos Dumont segue sem a atenção do município

ter, 23 de junho de 2020 10:14

Da Redação

As péssimas condições estruturais do Aeroporto Santos Dumont há anos pautam as críticas expostas frequentemente pelos munícipes. A novela que se renova, de tempos em tempos, ocasionou em várias interdições da pista de pouso e decolagem, até que o local fosse fechado por completo.

Aeroporto segue interditado há mais de dez anos.

Aeroporto segue interditado há mais de dez anos.

Sendo um ponto de referência para quem entra e sai do município, o local mal pode ser identificado pelo letreiro, quase que inelegível. Por outro lado, prestando um pouco mais de atenção, especialmente para os moradores daquela proximidade, um ponto que também chama a atenção é o acúmulo de lixo presente na área externa do aeroporto.

Carecendo de limpeza e manutenção urgentes, a reportagem entrou em contato com o secretário de Desenvolvimento, Domingos Bruneto, representante de uma das pastas responsáveis pelo local, para questionar possíveis ações que possam ser executadas. Em entrevista, ele informou não haver nenhum plano de ação previsto por hora.

Entretanto, o secretário disse estar ciente da situação do local, mas que, a prioridade dentro da atual condição do município é atender a parte interna. Os serviços estão concentrados na reforma do muro no entorno do aeroporto, visando oferecer mais segurança para a vizinhança. A limpeza interna também será feita com o auxílio de um trator.

De acordo com Domingos Bruneto, apenas mediante a reforma total, o funcionamento do aeroporto será permitido, obra que está orçada em torno de R$ 10 milhões. “Estamos tentando terceirizar uma empresa para administrar o aeroporto. Não temos dinheiro nem um plano de ação no momento. Não dá para tirarmos da saúde para investir ali. Tem o aeroporto de Uberlândia que é logo ao lado e continuará sendo nosso suporte por enquanto”, destacou o secretário.

No início deste ano, a reportagem foi informada pela coordenação da Secretaria de Desenvolvimento que a pasta estava trabalhando na redação de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), o qual seria direcionado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), perante as solicitações feitas, pela mesma, em ocasiões anteriores.

Em maio de 2019, diante da mesma situação no local, o município firmou um acordo com o Ministério Público Federal (MPF) também através de um TAC, com o objetivo de trabalhar efetivamente em melhorias no prédio e na pista de decolagem que precisa ser recapeada. Na época, o MPF acompanhou de perto a situação, através de dois inquéritos civis que apuravam irregularidades no local.

O acordo determinou que o município emitisse algumas notificações específicas através dos órgãos públicos competentes, no intuito de reparar prazos, pendências técnicas, administrativas e operacionais condizentes com a segurança do local. Na ocasião, as principais demandas exigidas integraram parte do Comando Aéreo (Comaer), do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea), do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e de Controle do Tráfego Aéreo (Cindacta I) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

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