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Acusado de matar jovem em evento clandestino na zona rural irá a julgamento popular

sex, 25 de fevereiro de 2022 08:01

Da Redação

 

Na madrugada do dia 5 de dezembro de 2020, Marlon Wisley Monteiro Silva, 22 anos, foi morto com tiros na cabeça e tórax, durante evento clandestino com som automotivo e bebidas alcóolicas na zona rural de Araguari, às margens da rodovia LMG-748.

O crime, de acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais, foi praticado por motivo fútil, consistente em desavenças por causa de uma garota. Além disso, o homicídio ocorreu mediante recurso que dificultou a defesa de Marlon, que estava desarmado e acabou atacado repentinamente.

Quatro meses após os fatos, um dos acusados foi capturado. Ele teve a prisão temporária decretada, sendo convertida em preventiva. Nesta semana, a 6ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça Minas Gerais julgou o pedido de liberdade do réu, uma vez que este nega ter participado do crime, alegando que não conhecia a vítima e tampouco se encontrava no local dos fatos naquela fatídica data.

Para o desembargador-relator Jaubert Carneiro Jaques, ao contrário do que sustenta a defesa, há indícios suficientes comprovando a participação do acusado, inclusive com acertada decisão de manda-lo à apreciação do Júri Popular, sendo incabível a sua liberdade no momento.

O desembargador também entendeu que não há excesso de prazo na prisão do réu. Assim, foi acompanhado em sua decisão pelos colegas Bruno Terra Dias e Paula Cunha e Silva.

 

O CRIME

Marlon Wisley, que residia no Monte Moriá, se encontrava com amigos em uma área rural de acesso à região do Piçarrão. A equipe de Prevenção da Homicídios do 53º Batalhão de Polícia Militar foi acionada cerca de uma hora depois dos fatos.

No local, tomou conhecimento de que o pai do jovem tinha sido comunicado do ocorrido e socorreu o filho até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), onde deu entrada sem vida.

Uma testemunha de 19 anos também passou por cuidados médicos na UPA. Em sua residência, ela contou aos policiais que estava na festa junto com Marlon, uma amiga adolescente e outra pessoa desconhecida. Quando se afastou para dançar, viu o autor atirando contra o amigo.

A jovem ainda teria afirmado que o criminoso era alto, magro e vestia roupas escuras, no entanto, como estava escuro e bastante tumultuado, não conseguiu visualizar o rosto do mesmo. A versão dela foi confirmada pela menor de 17 anos que se encontrava em companhia da vítima.

Durante diligências, os policiais que atuam na equipe de Prevenção a Homicídios foram informados por uma testemunha – que preferiu não se identificar, com medo de represálias, que o autor do homicídio seria um rapaz de 19 anos, o qual teria sido visto minutos antes conversando com Marlon e entrado em atrito verbal por conta de ciúmes da sua namorada. Inclusive, o atirador teria ligado para a moça fazendo ameaças de morte caso ela e sua família contassem algo sobre os fatos.

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