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Álbum de figurinhas da Copa se torna diversão para todas as idades

sex, 25 de abril de 2014 00:26
Considerada a nova febre mundial, coleção movimenta as bancas em Araguari. Foto: Gazeta do Triângulo

Considerada a nova febre mundial, coleção movimenta as bancas em Araguari. Foto: Gazeta do Triângulo

P. J. GODOY – Durante 30 dias, o mundo se volta ao Brasil para a disputa da Copa do Mundo. Entre junho e julho deste ano, 32 seleções irão explorar os quatro cantos do país em busca do topo do futebol mundial. Ainda assim, nas bancas de revistas, o clima do torneio circula em proporções alarmantes.

O motivo é o álbum de figurinhas da Copa. Lançada no início do mês, a coleção se tornou uma verdadeira epidemia no cenário mundial. O grande envolvimento da população se reflete nas bancas, onde crianças e adultos se misturam a fim de completar a edição.

Encontros entre amigos, reuniões em famílias ou até uma aglomeração de desconhecidos ganharam um novo pretexto para ocorrer. A procura pelos cromos de maior interesse é o destino comum. Para o proprietário de uma banca em Araguari, Raul Antônio Campos Silveira, o mais importante é que o álbum pode se tornar uma relíquia no futuro.

“Quando ocorreu a primeiro mundial no Brasil, a grande maioria da atual geração não estava presente. Por isso, o destaque desta edição se torna ainda maior. Sempre comercializamos o álbum do campeonato brasileiro, mas em ano de Copa a procura é muito maior. Acredito que a movimentação tenha aumentado muito pelo fato de a competição ser em nosso país, além da expansão do acesso à informação. Um detalhe curioso é que muitos dos interessados são de idade mais avançada. Nesta sexta-feira, 25, a partir das 18 horas, iremos promover o primeiro encontro de figurinhas. Esperamos mais de 100 pessoas, se não chover”, declarou.

Além de conhecer as figuras que desfilarão sobre os gramados brasileiros, os interessados também ganham um pretexto para resgatar a memória de tradições e costumes da infância. É o que afirma o empresário Mauro Cunha. Aos 55 anos, ele atribui a brincadeira a um resgate do passado.

“Descobri essa febre nas bancas e mesmo sem ter participado nas edições anteriores, achei a ideia bastante interessante. Estou com 55 anos de idade e vi no álbum uma forma de voltar ao passado e reviver os bons tempos de figurinhas. A partir do momento em que entrei nesse movimento, muitos amigos da minha geração também decidiram aderir”, disse o empresário, que reiterou acerca do reflexo do movimento no convívio familiar.

“É uma mistura de gerações. Dentro de casa, resgatamos o espírito de criança, com o envolvimento das minhas filhas e da minha esposa. Acabou se tornando mais um motivo para unir os familiares e se divertir com a família”, completou.

Conforme apurou a reportagem, a Panini, detentora dos direitos do álbum, espera faturar cerca de R$ 450 milhões com a edição deste ano. O valor equivale ao investimento utilizado para a reforma e adequação do estádio Castelão, em Fortaleza, um dos palcos do mundial.

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