Suspeito de matar adolescente e atirar contra policiais no Carnaval será julgado em agosto
seg, 25 de maio de 2020 00:27Da Redação
A Primeira Vara Criminal da Comarca programou para o dia 4 de agosto, às 10h, o julgamento popular de E. C. S., 21 anos, acusado de assassinar o adolescente João Pedro Andrade Santos, o “Teló”, em fevereiro de 2018. Será julgado também por tentar contra a vida de dois policiais militares.
A reportagem apurou que ainda não há detalhes sobre a dinâmica da sessão, em função da pandemia do coronavírus, e nem se o júri acontecerá nas dependências do novo Fórum de Araguari. A convocação dos 25 jurados que representarão a sociedade está prevista para o mês de julho.
De acordo com a denúncia do Ministério Público, por volta de 3h, João Pedro foi morto com pelo menos cinco tiros, que atingiram a cabeça, costas e o braço direito. O fato foi registrado na rua Coronel José Ferreira Alves, cruzamento com a avenida Batalhão Mauá, ao lado do prédio que abriga a secretaria municipal de Educação.
O suspeito, na época com 19 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Militar e portava a arma do crime, um revólver calibre 38, cor preta. Ele precisou de atendimento médico na UPA 24 Horas, vez que apresentava ferimentos na perna esquerda.
A motivação do homicídio não ficou clara, mas no boletim de ocorrência o rapaz teria relatado que se desentendeu com João Pedro após esbarrar no mesmo durante evento de Carnaval, na porta do Palácio dos Ferroviários. Houve discussão e o menor teria ameaçado E. C., afirmando que daria um tiro nele.
Depois disso, o suspeito se dirigiu até um terreno nas proximidades e se apoderou da arma de fogo, a qual havia escondido horas antes. Quando o adolescente seguia para casa, no bairro Brasília, encontrou com o atirador, que efetuou os disparos fatais. A vítima, que completaria 18 anos no mês que vem, não esboçou qualquer reação e morreu no local.
Os policiais chegaram naquela ocasião, que o agressor evadia rumo ao colégio João Pedreiro, localizado a poucos metros da UPA, recebendo ordem de parada, porém, além de não acatar, teria efetuado um disparo de arma de fogo contra a viatura. Diante da injusta agressão, os militares revidaram com um disparo, atingindo o homem na perna.
Na fuga, ele ainda quis dispensar a arma no telhado de um estabelecimento comercial, mas ela foi localizada e apreendida junto com cinco munições deflagradas. Depois de passar por cuidados médicos, E. C. S. foi entregue na Delegacia da Comarca, sendo autuado em flagrante pelo crime de homicídio.
Testemunhas teriam afirmado que João Pedro foi morto por engano e que não houve briga no Carnaval, até porque o garoto não tinha qualquer passagem pelo mundo do crime. Trabalhava na zona rural para ajudar os pais.
Em Juízo, o acusado negou a autoria dos fatos, destoando do conjunto de provas, inclusive os depoimentos dos policiais.
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