Bombeiros reforçam orientações para prevenção de acidentes com linhas em pipas
qui, 7 de maio de 2020 12:14Da Redação
O período de distanciamento social motivado pela pandemia causada pela covid-19 trouxe de volta algumas brincadeiras antigas, como a prática de empinar pipa/papagaio, que tem sido vista com frequência em Araguari. Em vários bairros da cidade, é possível encontrar dezenas de crianças e adolescentes que optaram por essa forma de lazer, entretanto, a brincadeira também oferece risco à população. O problema desse tipo de brincadeira é o hábito de utilizar cortantes como aquelas produzidas industrialmente para esse fim – “linha chilena”, em que são usados pó de quartzo e óxido de alumínio; e aquelas às quais se adicionam misturas artesanais, como pó de vidro ou de ferro, que lhe atribuem poder de corte, tais como cerol.
O composto é proibido no Estado por meio da Lei 23.515, publicada no Diário Oficial de Minas Gerais no dia 23 de dezembro de 2019. A medida amplia a proibição de pipas com linha cortante em áreas públicas e comuns, entretanto, nas últimas semanas alguns acidentes foram registrados em Araguari. No intervalo de uma semana a 2ª Companhia de Bombeiros Militar de Araguari informou que foi acionada para atender a dois chamados de vítimas que se feriram com a linha chilena. Em ambos os casos, as vítimas eram condutoras de motocicletas.
O primeiro acidente ocorreu no dia 28 de abril, no viaduto que dá acesso ao bairro Vieno, onde um motociclista foi atingido no pescoço por linha chilena. Na última terça-feira, 5, outra motociclista teve seu rosto e pescoço feridos quando trafegava pelas proximidades do bairro Bela Suíça. O ocorrido foi filmado e rapidamente publicado nas redes sociais, causando comoção entre os populares que pedem apoio dos militares de Araguari, visando coibir a prática.
De acordo com a assessoria da Companhia de Bombeiros Militar de Araguari, o alvo mais vulnerável dessas perigosas linhas são os motociclistas, mas também os ciclistas, que são atingidos no rosto, pescoço e nas pernas. Diante da gravidade das lesões que também podem ser fatais, é necessária a conscientização dos adolescentes, jovens e até dos pais quanto ao poder letal destas linhas, tanto o cerol quanto a chilena. “A lei é abrangente e mais severa com relação à aplicação de multas, além disso, caso seja constatada a infração a Polícia Militar também é acionada para as providências devidas ao caso. Se a linha apreendida estiver em poder de criança ou adolescente, seus pais ou responsáveis legais serão notificados pessoalmente quanto à infração,” afirmou o cabo Graciele Godoi Cipriano Freire.
Diante dos riscos, a militar também ressaltou alguns cuidados que os ciclistas e motociclistas podem tomar para evitar acidentes. “É preciso ficar atento no trajeto que o condutor percorre, porque esta linha é de difícil visualização, também observar se há alguém soltando pipas, neste caso é importante redobrar a atenção. Em relação ao acidente ocorrido com estas linhas o recomendado é estancar o sangramento com um pano, desde que não seja muito grosso, evitar uso de toalhas, cobertas e tecidos semelhantes. Outra conduta importante é evitar que a vítima caminhe, para ajudar a diminuir o fluxo da hemorragia,” ressaltou.
Quem for pego vendendo linhas cortantes terá que pagar multa de 1.000 Ufemgs (Unidades Fiscais do Estado de Minas Gerais), que totalizariam R$ 3.590. O valor pode ser aumentado em até 50 vezes, o equivalente a R$ 179 mil, em casos de reincidência. Além disso, é importante lembrar que os decretos municipais preveem que o distanciamento social continua na cidade e está proibida a aglomeração de pessoas, levando ainda em consideração a orientação da secretaria municipal de Saúde que é a permanência das pessoas em suas casas para evitar a contaminação e novos casos relacionados ao coronavírus.
Precauções
No intuito de evitar situações de risco, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar listaram alguns cuidados necessários:
– não soltar pipas em dias chuvosos, especialmente se houver relâmpagos;
– evitar brincar perto de antenas, fios telefônicos ou cabos elétricos;
– procurar locais abertos como praças e parques;
– tenta soltar pipa sem rabiola, como as arraias. Na maioria dos casos, a pipa fica presa no fio através da rabiola;
– não empinar pipa em cima de lajes e telhados;
– jamais utilizar linhas metálicas, como fio de cobre de bobinas ou cerol. Também não fazer pipas com papel laminado, pois, o risco de choque é muito grande;
– tomar cuidado com ruas e lugares movimentados, principalmente ao andar para trás, correndo o risco de tropeçar ou cair em algum buraco ou pista;
– atenção especial com ciclistas e motociclistas, pois, a linha pode ser bastante perigosa para eles. Ficar atento para que a linha não entre na frente deles;
– não tentar tirar a pipa se ela enroscar nos fios. Jamais use vergalhões, canos, ou bambus. Tomar cuidado com o trânsito ao correr atrás das pipas.
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