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Atividades da empresa LD Celulose estão sendo novamente apuradas pelo Ministério Público

qua, 2 de outubro de 2019 05:00

por Samara Arruda

A nova fábrica de celulose solúvel da Duratex – LD Celulose teve a Licença de Instalação aprovada no dia 23 de setembro, pela Câmara Técnica Especializada de Atividades Industriais, do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam). Com isso, as obras da indústria de matéria-prima para produção de tecidos foram autorizadas. Entretanto, a instalação da empresa entre Araguari e Indianópolis é pauta de mais um embate.

Instalação da empresa entre Araguari e Indianópolis pautou mais uma representação junto ao MP

Instalação da empresa entre Araguari e Indianópolis pautou mais uma representação junto ao MP

 

Contrariando os laudos de viabilidade ambiental, a prefeitura de Uberlândia e Dmae (Departamento Municipal de Água e Esgoto) afirmam que os efluentes da empresa possam afetar o novo sistema de captação de água da cidade – Estação de Tratamento de Água – ETA Capim Branco localizada a 8 km da indústria. Em abril foi realizada a primeira representação junto à Promotoria de Defesa do Meio Ambiente. Na época, a equipe técnica do grupo Lenzing Duratex apresentou seus laudos e ressaltou que a instalação da empresa não prejudicará o abastecimento de Uberlândia.

Apesar disso, no dia 23 de setembro, a Promotoria de Justiça de Defesa do Cidadão instaurou uma nova investigação no intuito de apurar a atividade que será desenvolvida pela empresa LD Celulose, levando em consideração que “o saneamento e o fornecimento de água limpa são direitos da população”. Diante disso, o promotor Fernando Rodrigues Martins determinou ainda a suspensão das atividades que possam gerar resíduos para o rio Araguari, “enquanto não forem apresentadas provas de que não haverá quaisquer danos futuros à comunidade de Uberlândia”.

A decisão é preventiva, pois, a fábrica ainda não entrou em operação. Em nota, a LD Celulose esclareceu que a execução do projeto de implementação da Planta de Celulose Solúvel segue normalmente, uma vez que o licenciamento ambiental do projeto obedece à legislação vigente. Para isso, foram realizados e apresentados todos os estudos de impacto ambiental necessários, tanto para obtenção da Licença Prévia que é relativa à aprovação técnica do projeto, quanto da Licença de Instalação que garante a execução das fases de infraestrutura, construção e implementação da unidade fabril, emitidas pela Copam nos meses de junho e setembro.

Durante o processo de licenciamento também foram requisitadas melhorias no projeto, que foram implantadas, visando assegurar que mesmo em situações adversas, a unidade fabril não causará impacto ao abastecimento de água da região. Diante do impasse, o assunto foi levado à Câmara Municipal pelo presidente da Casa Legislativa, Wesley Lucas de Mendonça (PPS), na última terça-feira, 1º de outubro. Na oportunidade, ele fez um chamado aos gestores municipais, deputados, representantes de entidades e demais envolvidos, para garantir que a empresa possa dar continuidade em sua instalação, sem qualquer empecilho, levando em consideração os laudos apresentados.

O vereador apresentou ainda uma Moção de Repúdio em desfavor do prefeito de Uberlândia Odelmo Leão Carneiro e à direção do Dmae. “A Câmara de Araguari está se mobilizando contra as medidas que tentam inviabilizar a instalação da fábrica da LD Celulose. Desde que a empresa manifestou seu desejo de se instalar na região, gestores de Uberlândia tem criado empecilhos e não podemos nos curvar diante dessa situação. Que nossos deputados estaduais e federais, classe política, associações, clubes de serviços e comunidade em geral, possam se unir para defender os interesses de Araguari,” afirmou.

Em entrevista, os deputados: federal José Vitor de Aguiar (PR) e estadual Raul Belém (PSC), também reafirmaram seu compromisso com a cidade.  “Acredito que esta é uma ação equivocada e poderia colocar em risco os empreendimentos que estão se instalando ou em operação no Estado de Minas. Mas a empresa possui a licença ambiental que foi devidamente concedida e irá apresentar os devidos estudos que foram realizados. Os técnicos analisaram cada ponto, merecem respeito, são os mesmos que analisaram outros tantos empreendimentos em Uberlândia. Mas tenho certeza que isso logo passará. Queremos e precisamos que o desenvolvimento chegue aos vários cantos de Minas,” ressaltou o deputado José Vitor.

Por sua vez, o deputado Raul Belém apresentou seu posicionamento na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, em Belo Horizonte. “Os órgãos públicos responsáveis pela verificação, autorizaram a instalação da empresa. Também foram feitas várias reuniões e informado ao Dmae, que todas as medidas que garantem a preservação ambiental e qualidade da água em Uberlândia estão asseguradas. Diante disso, estamos vendo uma situação que não deveria ser judicializada, pois, não existe irregularidade. Apesar de ser questionada, em nenhum momento a empresa deixou de prestar as informações devidas,” garantiu Raul Belém.

A fábrica de celulose solúvel representa a geração de mais de seis mil empregos diretos e indiretos até 2022. O parque industrial ainda produzirá, em média, 77 megawatts de energia elétrica renovável, a partir da biomassa de madeira resultante do processo. Assim, o deputado ressaltou que a intenção é trazer desenvolvimento, mas com sustentabilidade e responsabilidade para a região. “Tenho acompanhado esse projeto desde o início e sei que existe um cuidado por parte da empresa, do governo do Estado e dos órgãos ambientais. Também quero tranquilizar Araguari e região, pois, a empresa continuará com a sua instalação de forma normal e estamos aqui para defender aquilo que é correto e não vamos admitir qualquer tipo de picuinha entre cidades que impeçam projetos de desenvolvimento da nossa região,” finalizou.

4 Comentários

  1. Marcio leal disse:

    Mais uma vez Uberlândia querendo jogar areia nos projetos de araguari, Odelmo & Cia vão te catar cuidem da cidade de vocês que tem muitos problemas e deixem Araguari expandir seus negócios. Isso tudo é dor de cotovelo porque a empresa não foi i instalada lá.

  2. ANONIMO disse:

    É CLARO QUE ISSO É PORQUE ELES QUEREM QUE A FÁBRICA SEJA INSTALADA LÁ, INVEJA PURA! E FICAM COLOCANDO OLHO GORDO AQUÍ. AHOOOO POVO INVEJOSO! SAI DAQUÍ JABURÚ!!!

  3. MARCO disse:

    A empresa Duratex deveria ajuizar uma ação também contra o DMAE e Prefeitura de Uberlândia, para pedir a reparação pelos transtornos sofridos e pelo o embaraço provocado pela prefeitura de Uberlândia.
    Cabra invejoso esse Odelmo Leão.

  4. Carlos disse:

    QUEM VE PENSA QUE ODELMO LEÃO E SUA CORJAS ESTÃO PREOCUPADOS TENHA DO SENHOR ODELMO VCS POLUIRAM O RIO UBERABINHA TUDO,OLHA AQUELE DISTRITO INDUSTRIAL POLUIRAM AS NASCENTES AOS REDORES E FICA COM OLHO GORDO NOS EMPRRENDIMENTOS EM ARAGUARI,VAI CUIDAR DE UBERLANDIA E ESQUEÇE NOSSA CIDADE BANDO DE IMCOPETENTES

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