Pergunte ao Doutor – O que é câncer de pulmão?
sex, 2 de agosto de 2019 05:18
1- O que é câncer de pulmão?
O câncer de pulmão é o desenvolvimento de células anormais no pulmão. Estas células crescem substituindo o tecido saudável do pulmão. O câncer de pulmão, se for descoberto precocemente, pode ser tratado.
Muitas vezes, o câncer de pulmão cresce lentamente, sem sintomas. Outras vezes, cresce muito rápido, podendo comprometer a saúde do paciente em um curto período de tempo. Quando o câncer já está bastante avançado, ele pode se distribuir para outros órgãos do corpo, como a mama, intestino, próstata, rim, tiróide, estômago, testículos e ossos.
2-Mas, o que são pulmões e quais são suas funções?
Os pulmões são um par de órgãos que têm o formato de cone e fazem parte do sistema respiratório. O pulmão direito está dividido em três seções chamadas lobos e é um pouco maior que o pulmão esquerdo, que por sua vez possui dois lobos.
A função mais importante dos pulmões e, a que nos permite viver, é a troca gasosa que é realizada neles. Quando inalamos introduzimos oxigênio nas células e, quando exalamos, os pulmões eliminam anidrido carbônico que é um produto de dejeto das células do corpo.
3-Quais as características e a estimativa de novos casos e número de mortes?
É o mais comum de todos os tumores malignos, apresentando aumento de 2% por ano na sua incidência mundial. Em 90% dos casos diagnosticados, o câncer de pulmão está associado ao consumo de derivados de tabaco. No Brasil, foi responsável por 20.622 mortes em 2008, sendo o tipo que mais fez vítimas. Altamente letal, a sobrevida média cumulativa total em cinco anos varia entre 13 e 21% em países desenvolvidos e entre 7 e 10% nos países em desenvolvimento. No fim do século XX, o câncer de pulmão se tornou uma das principais causas de morte evitáveis.
Evidências na literatura mostram que pessoas que têm câncer de pulmão apresentam risco aumentado para o aparecimento de outros cânceres de pulmão e que irmãos, irmãs e filhos de pessoas que tiveram câncer de pulmão apresentam risco levemente aumentado para o desenvolvimento desse câncer. Entretanto, é difícil estabelecer o quanto desse maior risco decorre de fatores hereditários e o quanto é por conta do hábito de fumar.
Estimativas de novos casos: 27.320, sendo 17.210 homens e 10.110, mulheres (2012);
Número de mortes: 21.069, sendo 13.293 homens e 7.776 mulheres (2009)
4-Quais as formas de Prevenção?
Uma vez que o consumo de derivados do tabaco está na origem de 90% dos casos, independentemente do tipo, não fumar é o primeiro cuidado para prevenir a doença. A ação permite a redução do número de casos (incidência) e de mortalidade. Comparados com os não fumantes, os tabagistas têm cerca de 20 a 30 vezes mais risco de desenvolver câncer de pulmão. Em geral, as taxas de incidência em um determinado país refletem seu consumo de cigarros.
Manter alto consumo de frutas e verduras é recomendado. Deve-se evitar, ainda, a exposição a certos agentes químicos (como o arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila, gás de mostarda e éter de clorometil), encontrados principalmente no ambiente ocupacional.
Exposição à poluição do ar, infecções pulmonares de repetição, deficiência e excesso de vitamina A, doença pulmonar obstrutiva crônica (enfisema pulmonar e bronquite crônica), fatores genéticos (que predispõem à ação carcinogênica de compostos inorgânicos de asbesto e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) e história familiar de câncer de pulmão favorecem ao desenvolvimento desse tipo de câncer.
5-Quais são os Sintomas?
Os sintomas mais comuns do câncer de pulmão são a tosse e o sangramento pelas vias respiratórias. Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns para o paciente. Pneumonia de repetição pode, também, ser a manifestação inicial da doença. Os sintomas geralmente surgem quando o câncer já está em estágio avançado e incluem tosse ou mudança no padrão da tosse do fumante, dispneia (falta de ar), dor torácica, perda de peso, cansaço e presença de sangue no escarro.
6-Como é feito o diagnóstico?
A maneira mais fácil de diagnosticar o câncer de pulmão é através de raio-X do tórax complementado por tomografia computadorizada. A broncoscopia (endoscopia respiratória) deve ser realizada para avaliar a árvore traquebrônquica e, eventualmente, permitir a biópsia. É fundamental obter um diagnóstico de certeza, seja pela citologia ou patologia.
Uma vez obtida a confirmação da doença, é feito o estadiamento, que avalia o estágio de evolução, ou seja, verifica se a doença está restrita ao pulmão ou disseminada por outros órgãos. O estadiamento é feito através de vários exames de sangue e radiológicos, como dosagens enzimáticas e ultrassonografia, respectivamente.
7- Quais são as recomendações?
* Abandone o cigarro; o tabagismo é responsável pela imensa maioria dos casos de câncer de pulmão;
* Se você fuma ou fumou por mais de 10 anos, deve fazer raios-X de pulmão ou uma tomografia a cada um ou 2 anos;
* Evite a exposição a agentes químicos, ou metais pesados, como asbesto, arsênico, entre outros.
8-Parar de fumar evita o câncer?
Depende: se a alteração celular aconteceu, parar de fumar não evitará o aparecimento da doença, no entanto, é fundamental que a pessoa que fuma pare com o consumo de tabaco para assim diminuir a chance de contrair a doença. Por outro lado o risco de câncer é proporcional à quantidade de cigarros consumidos, mas não existe tempo de tabagismo nem quantidade de cigarros que seja segura. O importante é não fumar.
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Prezado Dr. Mazão,
TABAGISMO é um inferno. Em 2015 perdi meu Pai, em 2017 minha Mãe, ambos aos 70 anos de idade, e no interstício, duas dezenas de amigos deles, da família, por consequências do fumo durante a maior parte de suas vidas. Câncer e parada cardiorrespiratória.
É duro testemunhar o pleno desespero pela FALTA DE AR, tendo dificuldades em caminhar até a máscara mais próxima, sendo uma em cada cômodo da casa, interligadas por tubos ao cilindro de oxigênio.
Pior e lamentável, é justamente a ciência pelos mais jovens da família, sobre essas ocorrências, e pouco se importarem.
Definitivamente, um FUMANTE não é um DEPENDENTE. É um insano NEGLIGENTE.
Se não tem RESPEITO à própria VIDA, com o que mais deveria ter…
Os meus aqui, chegaram a trocar “selfies”, em leitos de Hospitais, com tubos conectados por todos os lados, rindo um do outro.
– DEPRIMENTE.
Atenciosamente,
Janis Peters Grants.