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Jovem baleado em troca de tiros na cidade é suspeito do assassinato de africano em Uberlândia

qui, 25 de abril de 2019 05:21

Da Redação

O jovem de 20 anos alvejado no abdômen, segunda-feira, 22, após troca de tiros com militares em Araguari, tinha um mandado de prisão preventiva em aberto desde o dia 4 de outubro de 2018, expedido pelo Juízo Criminal da Comarca de Uberlândia. O mesmo foi cumprido pela Polícia Civil durante o Auto de Prisão em Flagrante, na madrugada de anteontem.

Segundo apurado pela reportagem, o rapaz, residente no bairro Santa Mônica, permanecia sob cuidados médicos no Hospital de Clínicas da UFU, sem previsão de alta, em razão da gravidade da lesão sofrida.

O suspeito estava com outros dois comparsas praticando delitos em Araguari, os quais tinham como alvo residências em pontos distintos da cidade. Na segunda-feira, após denúncia de um ataque criminoso no bairro Miranda, a Polícia Militar impediu que continuassem furtando na cidade. Com o apoio das demais viaturas, foi possível montar um cerco bloqueio e abordar o veículo ocupado por eles.

Numa rua sem saída, no bairro Sibipiruna, os suspeitos atiraram contra os militares, que revidaram à injusta agressão, sendo que o jovem acabou atingido. Os demais foram presos. Vários produtos de crime foram recuperados e restituídos às vítimas.

ALTA PERICULOSIDADE

O suspeito baleado em Araguari possui várias passagens pelo sistema policial, tendo começado a praticar delitos ainda na adolescência, se envolvendo com drogas, furtos e roubos.

De acordo com a Polícia Civil em Uberlândia, o rapaz mandou matar o congolês Jacques Onza, em junho do ano passado. A vítima foi assassinada por engano e a motivação seria outro crime: o roubo de um veículo em Tupaciguara.

“O africano foi morto por engano, em virtude das vestimentas, em virtude das características dele e da vítima desejada. Dois homens negros, dois homens que falavam francês, os dois frequentavam os mesmos bares, os dois eram exímios jogadores de sinuca. Tudo isso acabou confrontado para a morte, por engano, do congolês”, afirmou o delegado Fábio Ruz.

Jacques Onza viveu por seis anos na vizinha cidade, onde iniciou os estudos em engenharia mecatrônica pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU), por meio de um intercâmbio. No primeiro semestre, contudo, ele abandonou o curso e, desde então, continuou morando em Uberlândia, onde trabalhava em uma empresa de montagem industrial, como mecânico. Era formado em Engenharia Mecânica na África, veio para o Brasil em 2011, onde cursou Línguas na Universidade de Brasília (UnB) para aprender português.

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