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Justiça determina internação de adolescentes que tramavam atentado contra estudantes da cidade

sex, 29 de março de 2019 05:12

Da Redação

O Juizado da Infância e Juventude da Comarca de Araguari, por meio da juíza Danielle Nunes Pozzer, titular da Primeira Vara Criminal, determinou, no começo da noite desta quarta-feira, 27, a internação pelo prazo de 45 dias dos adolescentes de 16 anos apreendidos sob a suspeita de planejarem atentado numa escola da rede estadual de ensino no município.

Ceseu possui capacidade para aproximadamente 80 menores de idade em conflito com a lei ** Arquivo

Ceseu possui capacidade para aproximadamente 80 menores de idade em conflito com a lei
** Arquivo

 

Conforme apurado pela Gazeta do Triângulo, o artigo 122 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) permite este tipo de medida quando se trata de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência à pessoa. Segundo a investigação, um grupo foi criado no Telegram com a intenção de atingir ao menos 300 vítimas.

Os dois alunos do referido colégio se encontravam recolhidos num espaço provisório reservado para menores infratores na Delegacia de Polícia Civil, mas na tarde de ontem, 28, foram disponibilizadas as vagas no Centro Socioeducativo de Uberlândia (Ceseu), segunda maior unidade socioeducativa de Minas Gerais, localizada na região do bairro Morumbi, com capacidade para aproximadamente 80 menores de idade em conflito com a lei.

Além de escola regular, os internos do estabelecimento também participam de cursos profissionalizantes, todos com certificado no final, cursos de jardinagem, oficinas de artesanato e pintura. Uma viatura da Polícia Civil providenciou a transferência dos garotos para o vizinho município.

A solicitação de internação provisória partiu do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, através do promotor Felipe Gomes de Araújo, Curador da Infância e Juventude e Execuções Penais, após recebimento de expediente instaurado pela Delegacia de Polícia Civil, que prossegue nas investigações no sentido de apurar a participação de mais pessoas no possível massacre, o qual estava sendo arquitetado através das redes sociais. O caso chegou ao conhecimento das autoridades locais na manhã da última terça-feira, mobilizando a direção do colégio, Conselho Tutelar, Polícia Militar, Polícia Civil, Ministério Público e Poder Judiciário.

Desde o ataque na escola Raul Brasil, em Suzano, no começo desse mês, ameaças de atentados são noticiadas em vários pontos do país. Além de Araguari, outros dois casos foram denunciados na região, um em Tupaciguara e o outro na pacata cidade de Grupiara.

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