por Mel Soares

Em discurso, comandante do 2° Batalhão Ferroviário exemplifica a importância do patriotismos, dedicação e devoção

O NPOR (Núcleo de Preparação de Oficiais da Reserva) foi criado em 1° de janeiro de 2009 no Batalhão Ferroviário, denominado naquela época como 11° Batalhão de Engenharia de Construção – Batalhão Mauá. Desde então, formaram-se 192 aspirantes a Oficial da Reserva de 2ª classe.

 

Em torno de oitocentos jovens se alistam anualmente em Araguari. Deste número, aproximadamente 300 servem a instituição e 40 são selecionados e tem a chance de adentrar no NPOR através de provas que avaliam a aptidão física, nível intelectual e também psicológico dos candidatos.

Os 20 melhores são matriculados no curso, que se inicia em fevereiro e termina no mês de novembro, quando acontece a cerimônia de formatura para a conclusão das atividades.

No início do ano seguinte, os jovens têm a chance de ser convocados como oficiais do Exército em diversas unidades como o 2° Batalhão Ferroviário por período máximo de oito anos.

Na manhã dessa sexta-feira, 15, o 2° Batalhão Ferroviário promoveu a cerimônia de apresentação dos alunos que irão compor o NPOR 2019.

Como forma de marcar o início das atividades, o tenente-coronel Helton Fernandes de Andrade, comandante da unidade, auxiliado por Eros, o mais jovem dentre os alunos, realizou a abertura simbólica do portão de entrada para a 11ª turma de alunos do NPOR.

Ao discursar, o comandante afirmou que os alunos integram a instituição de maior credibilidade junto à sociedade e, também, desejou boas-vindas. “Esse é um dia que marca o início de uma nova etapa na vida de vocês, ao longo do ano trabalharão as competências necessárias ao desempenho de suas funções como oficiais da arma de Engenharia. Novas e vibrantes jornadas os aguardam, sejam muito bem-vindos”.

Ao final, o comandante falou a respeito do dia 13 de fevereiro, quando foi comemorado o Dia do Serviço de Assistência Religiosa do Exército (SAREx) cujo representante é frei Orlando, oficial temporário, que era mineiro. Segundo informou, o frei, que nasceu no dia 13 de fevereiro de 1913, é um exemplo a ser seguido.

“Frei Orlando era um patriota. Quando aconteceu a Segunda Guerra Mundial e o 11° Regimento de Infantaria de São João Del Rei se preparou para a guerra na Itália, Frei Orlando se voluntariou como capelão militar comissionado. Frei Orlando era dedicado, ele não ficava na área de retaguarda. No dia 20 de janeiro de 1945 ele pediu um jipe, se deslocou para o fronte e foi confortar os pracinhas que estavam nas trincheiras, nas proximidades com o inimigo. Naquele dia frei Orlando tomou um tiro e como era um homem devoto, naquele momento pegou um rosário e morreu rezando e falando com Deus. O patriotismo, a dedicação e a devoção de frei Orlando devem servir de exemplo para todos nós, independente da nossa religião e mais ainda para os nossos novos alunos do NPOR”.