Da Redação

Serpentes, tamanduá e tatu-bola estão entre os animais resgatados

Durante o plantão de segunda para terça-feira, dias 28 e 29, militares da 2ª Companhia de Bombeiros Militar se surpreenderam com a quantidade atípica de ocorrências de captura de animais silvestres em perímetro urbano. Ao total, foram feitos resgates de cinco serpentes, um tamanduá, um tatu-bola e retirada de um enxame de abelhas.

Entre as ocorrências de serpentes, os bombeiros foram acionados para capturar uma jiboia, de cerca de 1,5 metro de comprimento. O animal foi encontrado na avenida Minas Gerais em cruzamento com a avenida Coronel Teodolino Pereira de Araújo. Outra ocorrência foi registrada em residência na alameda Goiás, bairro Independência. Segundo informações da guarnição, todas as serpentes foram remanejadas para o habitat natural.

Um tatu-bola foi encontrado em residência na rua Calimério Borges, bairro Beatriz. O animal estava trancado dentro do banheiro e foi encontrado com o casco machucado devido a mordidas de cachorro. Conforme apurado, ele foi encaminhado para a Polícia Florestal para receber os devidos cuidados.

Outro animal silvestre capturado na segunda-feira foi um tamanduá. Ele foi resgatado, por volta das 23 horas, dentro de uma residência na rua Aparecida, bairro Novo Horizonte – nas imediações do Centro Educacional Municipal Papa João XXIII. O bairro é próximo ao Distrito Industrial e da zona rural,  sendo rota de saída para a cidade de  Indianópolis e para o Parque Estadual do Pau Furado. O animal foi solto em uma reserva próxima ao parque.

 

A 2ª Companhia também continua promovendo a captura de abelhas. No início da semana foi retirado outro enxame. Em 2018, houve um aumento anual de 57% na captura destes insetos.

Uma possível explicação para o aumento dessas capturas é o desarranjo no habitat natural, provocado pelo desmatamento e aumento de área destinada ao agronegócio. Em entrevista anterior, o tenente Ésio Oliveira Ribeiro afirmou que, apesar de a guarnição não ter feito pesquisa científica sobre a situação, “acreditamos que a diminuição da vegetação nativa, o aumento de área plantada para agricultura e o período de estiagem maior estejam afetando o habitat desses animais. Então, eles começam a procurar moradia na cidade”.

 

De fato, é noticiado de forma recorrente o aumento no número de animais silvestres em áreas urbanas e, em quase todas as notícias, aponta-se que o desmatamento, bem como queimadas, em matas próximas aos centros urbanos, provocam o desequilíbrio ambiental. Desta forma, as pessoas são surpreendidas, em ruas e residências, com animais que estão à procura de comida e abrigo.

Caso você se depare com um animal silvestre, a primeira recomendação é não matar, pois isso também contribui para o desequilíbrio ambiental. Se for um animal que possa causar danos à pessoa, é orientado que os bombeiros, ou a Polícia de Meio Ambiente, sejam acionados; mas é preciso que a pessoa visualize o animal de longe até a chegada da equipe, facilitando assim, a captura.