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Uberlândia realiza com sucesso a terceira edição da Femec

qui, 27 de março de 2014 14:37

DA REDAÇÃO – A terceira edição da Feira de Agronegócios do Estado de Minas Gerais (Femec) foi aberta nesta terça-feira (25), no Sindicato Rural de Uberlândia. Além de contar com o apoio da Prefeitura de Uberlândia, o evento é considerado uma das principais feiras do segmento do país. A expectativa é a movimentação de mais de R$ 200 milhões em negócios durante os quatro dias de trabalho e um público de 18 mil pessoas.

O prefeito Gilmar Machado esteve presente na abertura do evento. Daniel Nunes/SECOM/PMU

O prefeito Gilmar Machado esteve presente na abertura do evento. Daniel Nunes/SECOM/PMU

 

            Embora tenha pouco tempo de legado, a feira vem reafirmar a posição de Uberlândia frente ao cenário brasileiro. Ela já faz parte do calendário nacional e em breve vai se enquadrar no calendário estadual. “Estamos entre as dez maiores feiras do Brasil e somos a única de Minas Gerais. A importância da Femec é a mescla de negócios e conhecimentos, com capacitação do pequeno produtor, debates de tecnologia com o apoio da Universidade e do Instituto Federal para estar junto ao homem do campo”, destacou o prefeito Gilmar Machado.

            A evolução da Femec é comprovada em números. A primeira edição, realizada em 2012, gerou R$ 70 milhões e recebeu a visita de 6 mil pessoas. Em 2013, o índice de participação e de movimentação financeira foi ainda maior, com R$ 120 milhões e oito mil de público. O caráter do trabalho também se aperfeiçoou e desde o ano passado começou a abrir oportunidades aos pequenos produtores. A cada ano, o agronegócio mostra a força de Uberlândia, uma pequena amostra dos investimentos feitos no setor pela iniciativa privada.

            “A Cargill deve investir na cidade 110 milhões de dólares. E por isso essa feira se torna cada vez mais importante. Oferecemos as mesmas condições que aquelas de outros estados, com os mesmos preços. É a chance do produtor modernizar a propriedade e aumentar ainda mais a renda”, contou Tiago Fonseca, presidente do Sindicato Rural de Uberlândia, realizador da Femec.

            Quantos às atrações haverá uma exposição de equipamentos, implementos, insumos, sementes e máquinas. Além disso, nessa edição serão oferecidas cerca de 30 apresentações (palestras, clínicas e seminários) referentes à cultura do sorgo, cavalos, código florestal, queijo minas, agricultura familiar, dentre outros temas. “A Femec integra negócios e conhecimentos. E hoje precisamos mudar o patamar da agricultura. Ela é a que mais pesa na balança comercial, e por isso deve-se planejar e pensar a agricultura para os próximos 15 anos”, disse o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Silva.

            A Femec acontece até sexta-feira (28) no Parque de Exposições do Camaru. O espaço fica aberto das 8h às 18h para visitação, que é gratuita.

 Agricultura familiar

            Seguindo as recomendações da Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil deve dobrar a safra para produzir até 40% dos alimentos que o mundo precisa. A modernização e o conhecimento são fatores decisivos para o aumento da produtividade sem trazer grandes impactos ambientais. E como a agricultura familiar é grande responsável pela produção nacional, o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) ministra orientação e recursos financiáveis a esse segmento. A renda da agricultura familiar cresceu 52% nos últimos dez anos. Somente esse setor é responsável por 84% dos estabelecimentos rurais no Brasil, representando 33% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e 74% da mão de obra do campo.

            O delegado do MDA Alcides Guedes destaca que Minas foi o estado que mais teve participação no financiamento da safra 2012/2013, quando o Ministério disponibilizou R$ 6 bilhões para financiamento por meio de bancos sociais a juros de 2% ao ano com dois anos de carência e até dez anos para pagar. São quatro mil itens negociáveis (moto, carro, ordenhadeira, etc.) por meio do Pronaf Mais Alimento, específico para a agricultura familiar. “É necessário aumentar a produtividade para atender a agenda nutricional sem impactar os biomas. E a solução é a inserção de tecnologia na agricultura familiar. Por isso facilitamos esse acesso”, explicou Guedes.

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