por Carolina Rodrigues

Horários de pico são uma verdadeira aventura para os transeuntes e motoristas que passam pelo cruzamento das avenidas Bahia e Batalhão Mauá, bem como o das avenidas Bahia e Coronel Teodolino Pereira de Araújo. A sinalização precária e a falta de semáforos são as principais reclamações, tendo em vista o elevado número de acidentes registrados no local, envolvendo principalmente motocicletas.

A jovem Juliana Pereira, que trafegava em um carro, afirma que redobra os cuidados quando passa pelo local. “Infelizmente, além de a sinalização ser péssima, os motoristas não respeitam. É impressionante como as pessoas não param nas esquinas e contornam a rotatória de qualquer forma, sem prestar a devida atenção. Mais do que a sinalização, é preciso que todos respeitem o trânsito, em primeiro lugar”.

 

O pedestre João Silvério afirma que presenciou vários incidentes. “A maioria envolvia motociclistas. Eles passam em uma velocidade absurda, tendo em vista a movimentação do local, muitos não param e sequer olham direito para os veículos.” O funcionário de um estabelecimento, que prefere não se identificar, também pontua que “a falta de respeito no cruzamento” fez com que ele fosse testemunha de vários acidentes.

A falta do semáforo também é alvo de críticas, como a de Alberto Ferreira. O aposentado acredita que o equipamento auxiliaria na segurança do trânsito nas avenidas; “o semáforo seria uma medida para ordenar o fluxo e obrigar os motoristas a desacelerarem. Faz tanto tempo que colocaram os suportes; não consigo entender o porquê de não terem instalado a sinalização até hoje”.

Para os ciclistas, a rotatória também é um perigo constante. A estudante Carolina Ribeiro comenta que passa todos os dias pelo local em sua bicicleta e quase foi vítima de acidente. “Sempre tomo cuidado ao atravessar, mesmo assim, uma vez um motociclista veio em alta velocidade e quase me atropelou”. Ela também acredita que a instalação do semáforo evitaria situações como estas.

Os suportes para semáforo foram instalados em 2016, como parte do Plano de Mobilidade Urbana da prefeitura, com o intuito de reduzir o número de acidentes no município. Em reportagem da Gazeta do Triângulo, divulgada há quase um ano, a secretaria de Trânsito, Transportes e Mobilidade Urbana, havia afirmado que estava em estudos sobre o melhor tipo de sinalização, se redutor de velocidade ou semáforo; mas até o momento a decisão não foi tomada.

Em entrevista com o titular da pasta, Luiz Antônio Lopes, ele afirmou que não há previsão para instalação do semáforo neste ano. “Hoje a administração pública não tem dinheiro para esta finalidade. Então, nós precisamos conseguir recursos.” Para tentar solucionar parte do problema, “vamos dar início à pintura estratigráfica em setembro e depois fazer licitação de radares”.

A motorista Ana Carolina França espera que sejam tomadas as devidas providências, o mais rápido possível. “Vejo toda essa situação com muita indignação, porque o poder público deveria estar mais atento aos riscos que são enfrentados cotidianamente. Sempre prometem que vão tomar alguma atitude, mas faz anos que estamos esperando; não somente aqui, mas em vários outros pontos da cidade”.