Aproximadamente 16 mil pessoas visitamFenicafé
sex, 16 de março de 2018 05:53Da Redação | Com Assessoria
Mais de 80 empresas ocuparam cerca de 100 estandes nos três dias de evento
Foi encerrada na tarde desta quinta-feira, 15, em Araguari a 23ª edição da Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura. O evento, tradicional no setor cafeeiro, atrai todos os anos produtores, estudantes e pesquisadores. O assunto em pauta é a irrigação em cafeicultura ‘é tempo de irrigar com consciência’. “Além de conhecimento, a feira é o primeiro contato entre empresários e produtores. É a grande oportunidade para fechamento de negócios futuros. Além das empresas de máquinas, implementos e serviços, temos também os bancos e cooperativas de crédito que oferecem taxas especiais para os produtos adquiridos durante os dias da Fenicafé”, avalia a superintende da Associação dos Cafeicultores de Araguari – ACA, Maria Cecília, que coordena a Fenicafé. Segundo ela, a previsão de volume de negócios é a melhor possível. “Esses números serão fechados durante os próximos dias, mas com a experiência que temos, os negócios fechados este ano serão melhores que os do ano passado”.
Outro fator de grande importância e que contribui para o crescimento do evento são os anuários e as pesquisas realizados pela ACA no Campo Experimental Izidoro Bronze, que são divulgadas durante o evento. Somando-se todos os anos o número de artigos passa de 600, envolvendo assuntos como genética, nutrição, tratos culturais fitossanitários, irrigação e manejo de irrigação na cafeicultura do cerrado. Segundo o pesquisador André Fernandes, pró-reitor da Uniub, a Fenicafé mais uma vez conseguiu mostrar o uso racional da água e de energia, na cafeicultura irrigada. “Renomados palestrantes mostraram pesquisas que podem melhorar o dia a dia dos cafeicultores irrigantes”, detalha.
O presidente da ACA, Claudio Morales Garcia, disse que a associação só tem a comemorar. “Possuímos uma feira, que ao longo dos anos evoluiu, buscando ficar, ano após ano, mais atrativa e principalmente dando oportunidade à cafeicultura irrigada com resultados de satisfação aos expositores e aos visitantes”. Para ele, a água é o insumo mais precioso para qualquer cultura, referindo-se ao tema do evento em 2018. “É tempo de irrigar com consciência”. O público médio registrado foi de 16 mil pessoas durante os três dias de evento.
A Fenicafé – Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura – movimenta não só o setor cafeeiro, como também a economia de Araguari, pois todos os anos o evento atrai visitantes de todas as partes do país. Entre eles produtores de café, estudantes, agrônomos e pesquisadores, que buscam na Fenicafé as novas tecnologias de mercado para a irrigação no cafezal.
O movimento é sentido de perto pela rede hoteleira, bares e restaurantes da cidade. Durante os dias de evento quase todos os leitos dos hotéis de Araguari são reservados para participantes da Feira, incluindo estudantes, visitantes e expositores.
Uma das atrações da Fenicafé é a Feira de Irrigação em Café do Brasil. Neste ano, a feira reuniu 80 empresas que ocuparam cerca de 100 estandes em uma estrutura montada em área de 5 mil metros quadrados no Pica Pau Country Club, em Araguari, no Triângulo Mineiro e atrai expositores de todo país. “Como se sabe, todos os anos vem aumentando a presença de grandes empresas para a feira, e isso é de suma importância para a realização do evento”, garante Maria Cecília, superintende da ACA. “Todos os anos a Fenicafé apresenta o que há de mais moderno em máquinas e serviços para a agricultura. As novidades este ano foram voltadas para a tecnologia; a agricultura de precisão está ganhando mais adeptos”, coloca nota oficial do evento. O evento como um todo gera cerca de mil empregos diretos e indiretos, alavancando assim a economia do município.
Cafeicultura e a economia brasileira
O secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), EumarNovacki, esteve presente na Feira Nacional de Irrigação em Cafeicultura – Fenicafé. Na ocasião, ele afirma que propôs ao Conselho Nacional do Café – CNC – um plano nacional de desenvolvimento semelhante ao estabelecido para a fruticultura, visando maior participação no mercado internacional para que possamos retomar um espaço que foi perdido.
Segundo Novacki, o plano fará um diagnóstico, desde as boas práticas do setor, estudos sobre como melhorar a produtividade, passando pelo uso da tecnologia e do marketing (como vender nosso produto lá fora, abrindo novos mercados internacionais). “Depois desse diagnóstico preciso, atacaremos a todos àqueles pontos onde for necessário, para que o desenvolvimento do setor seja pleno. Então o desafio foi colocado, e apresento esta proposta a todos vocês. Queremos também fazer um plano nacional de desenvolvimento do café e o Mapa está à disposição de todos para isso”, colocou.
Brasil da recessão
Novacki aproveitou para exaltar os números do setor. Segundo ele, um em cada três empregos gerados vem da agropecuária. Além disso, o setor é responsável por quase 50% das exportações brasileiras e representa um quarto do PIB nacional. “O crescimento de 17% na receita do agro em 2017 tirou o Brasil da recessão, que passou de um crescimento negativo de 3% para uma alta de 1%. E não é um avanço pequeno, comparado ao crescimento negativo do ano anterior”, apontou.
Ouro Negro
O presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado (MG), Francisco Sérgio de Assis, exaltou que a região tem o café mais caro do país. Recentemente, o produtor Juninho Nunes vendeu em leilão um lote de café com preço de R$ 55 mil a saca de 60 quilos. “Parabéns, Juninho, pois você elevou o nome da nossa região, a única com denominação de origem em café do Brasil. Nós temos 55 municípios, uma região demarcada com o objetivo de proteger essa marca do produtor. A marca do Cerrado Mineiro é de 4500 produtores. Nós temos a obrigação de defendê-la, pois ela é nosso patrimônio”, exaltou.
Segundo o presidente do CNC, Silas Brasileiro, a cafeicultura tem sofrido muito ultimamente. Nos últimos anos, houve uma sucessão de oito ministros diferentes dentro do Mapa. “Se a intenção é avançar no setor, precisamos do conhecimento, da ciência, e da tecnologia. Tudo isso é fundamental. Mas precisamos também da política. E, sem o complemento da ciência e do conhecimento, não conseguiríamos ir para frente”.
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