por Tatiana Oliveira

Hoje e amanhã serão ouvidas testemunhas e investigados

A Comissão Legislativa de Inquérito – CLI – que investiga altos gastos com itens de padaria na Superintendência de Água e Esgoto – SAE – no ano passado segue com seus trabalhos durante essa semana. Hoje, 14, serão ouvidos os dois investigados: Weberton Luiz Rocha, proprietário da padaria ganhadora da licitação e Edson Dias Vieira Júnior, superintendente da SAE no período investigado. De acordo com o presidente da CLI, Dhiosney de Andrade (PTC), José Flávio de Lima Neto, que também foi superintendente da SAE em outro período, foi convocado a comparecer na audiência como testemunha, mas apresentou atestado médico e não estará presente.

 

Amanhã, 15, acontece a oitiva de cinco testemunhas da SAE, algumas apontadas na última audiência do dia 27 de novembro. Estão marcados depoimentos de Suzilaine Mendonça, Zillane Rodrigues dos Santos, Sônia Cristina Vaz de Paiva, Rômulo César de Souza e Rosemeire de Oliveira Soares Bitencourt. A intenção do presidente é que a CLI seja concluída ainda neste ano. “Não sei se haverá essa possibilidade, porque depende dos envolvidos e eles estão postergando, ao meu ver, a CLI, alegando questão de prazo, atestado etc.”, afirma Andrade.

As oitivas são públicas e acontecem a partir das 9h nos dois dias. De acordo com o presidente da CLI, “será muito tranquilo, as perguntas são mais uma confirmação do que foi relatado”, completa. Todas as testemunhas ouvidas em data anterior afirmaram não ter alteração na qualidade do lanche fornecido entre 2016 e 2017, bem como não haver um aumento considerável de funcionários na autarquia no período investigado.

Durante a primeira oitiva do mês passado, o depoimento das testemunhas convocadas levantou diversas informações. Dois servidores que trabalham em campo afirmaram que, além do café da manhã, levam a campo para consumir durante a tarde quatro pães e um litro de leite. Conforme relato, a quantidade é para cada equipe de dois funcionários. A falta de transparência também foi apontada por dois servidores que ocupam cargos de coordenação.

Em levantamento feito pela Gazeta do Triângulo a partir das notas fiscais fornecidas pela panificadora à autarquia em junho do ano passado, para justificar o gasto de R$ 33.811,65, cada servidor teria que consumir diariamente a média de 7,8 pães e quatro litros de leite.

No mês citado, as notas emitidas mostram que foram consumidos 15.740 litros de leite e 1.958kg de pães. Como em média a autarquia possui 180 funcionários, isso equivale a cada servidor consumir quatro litros de leite e 7,8 pães diariamente. No mesmo mês de 2017, a SAE gastou R$ 3.253,87. Uma diferença 90,38% menor.