Da Redação

No ano de 2015, o vereador Dhiosney Andrade (PTC) deu início a uma série de investigações para apurar possíveis irregularidades no programa “Minha Casa Minha Vida” em Araguari. Na época, dois funcionários da secretaria de Planejamento que trabalhavam no setor de Habitação, foram afastados e  uma sindicância para esclarecimentos do fato foi instaurada.

O material teve origem em denúncias que o membro do Legislativo recebeu da população e de informações solicitadas pela secretaria.

 

As reclamações giraram em torno principalmente de favorecimento por meio do decreto nº 056/2014, que prevê casas dos residenciais para pessoas em situação de extrema vulnerabilidade social. Devido a essa condição de pobreza, elas não precisam participar do sorteio.

O vereador também questionou a regularidade do cadastro de reserva, cuja ordem de classificação não estaria sendo obedecida, além de possível indicação de parentes de servidores para receber o benefício.

A funcionária da época suspeita de ter cometido as irregularidades trabalhava diretamente com o acesso aos dados do CAD Único, que contém informações sobre os candidatos a benefícios do governo federal.

O relatório apresentado pelo vereador mostrava que a nora da funcionária foi sorteada no residencial Bela Suíça no dia 22 de dezembro de 2012 e casou-se com o filho dela no dia 12 de março do ano seguinte.

Conforme inspeção feita pelo edil, em 2014, foram feitas várias alterações no CAD Único da nora, como alteração de composição familiar, renda, entre outros. Além disso, todo o processo está apenas em nome da jovem, mesmo estando casada. O filho da funcionária possuía um Cadastro Único separado.

Ainda no mesmo ano o vereador reuniu documentos e formalizou o pedido de investigação em diversos órgãos, e em sessão da Câmara Municipal dessa terça-feira, 7, ele destacou que dará continuidade as inspeções. “Foi aberto processo administrativo na época, mas ainda não obtivemos resultados. O meu papel como vereador é fiscalizar e por isso irei verificar se os familiares da suspeita continuam usufruindo do imóvel”.