A primeira edição do jornal, do dia 7 de março de 1937, tem como destaque um artigo de opinião intitulado “O Primeiro Núcleo da Raça Branca de Minas Geraes Estabeleceu-se no Município de Araguary”, autoria de Hidelbrando Pontes. O conteúdo denuncia certas injustiças cometidas contra indígenas. O termo “raça branca” se refere aos primeiros habitantes do estado que não eram índios nativos.

Na edição de 10 anos, o aniversário foi mencionado na capa. Naquela época, chegava ao fim o período ditatorial de Getúlio Vargas e aos poucos, a democracia era restabelecida.

O aniversário de 20 anos da Gazeta foi o destaque da capa na edição do dia 7 de março de 1957. Artigos de opinião com homenagens estampavam a capa, dentre eles, um merece total destaque. Ninguém menos que o presidente do país, Juscelino Kubitschek, destaca a importância deste impresso de terras araguarinas.

Na edição do dia 12 de março de 1967, não há menções específicas sobre o aniversário do jornal na capa. Nesta época, o país vivia sob o regime militar e as publicações necessitavam de aprovação prévia antes de serem impressas. O destaque da capa foi um artigo especial sobre a morte de Salvador Carvello. Apaixonado pelo Carnaval, foi o Rei Momo mais icônico da história de Araguari.

No ano de 1977, o regime militar reduziu consideravelmente a atenção com a censura. O aniversário do jornal foi a manchete. A Gazeta do Triângulo costumava ter artigos de opinião. Não trazia outros gêneros jornalísticos como matérias e reportagens. Muitos dos escritores eram colaboradores e não jornalistas contratados.

Nesta época praticamente não havia artigos de opinião. O impresso trazia quase que exclusivamente publicações oficiais da prefeitura e do Fórum. Mas um fato interessante marcou as edições próximas à data de aniversário de 50 anos do jornal: na edição do dia 6, houve uma única menção em um anúncio. Na edição de 21 de março, o “mistério” é esclarecido em um artigo chamado “Gazeta Frustrada”: os editores pretendiam fazer um número especial, que não se tornou realidade por falta de patrocinadores e de material humano. A edição teria nada mais nada menos do que… 50 páginas!

Nos idos de 97, o jornal era utilizado para publicações oficiais, com pouco conteúdo. O aniversário de 60 anos foi destaque na capa. Esta edição já apresentava um design mais atual em relação aos outros.

Há dez anos, coincidentemente a manchete era semelhante a de uma edição recente: problemas estruturais na avenida Coronel Theodolino Pereira de Araújo. No aniversário de 70 anos foi festejado no impresso e de fora dele. Muitas matérias destacaram a data. Na capa desta edição, também houve uma nota anunciando a nova coluna que passaria a integrar o jornal: Direito e Justiça, do advogado Rogério Fernal.

Nos dias atuais, a Gazeta do Triângulo passa a contar com a edição online, uma das fontes de notícia mais acessadas da região. A equipe que todos os dias prepara o impresso é destaque nesta edição de 80 anos, festejando a data com diversas reportagens especiais e renovando os votos de levar a informação tendo compromisso com a verdade.