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Casos de suspeita de dengue em Araguari diminuíram em relação ao ano passado

sáb, 4 de fevereiro de 2017 05:55

por Stella Vieira

Departamento de Controle de Zoonoses tem desenvolvido ações preventivas à proliferação do mosquito

A secretaria de Saúde, através do departamento de Controle de Zoonoses, intensificou as ações de combate ao Aedes aegypti. Além disso, a equipe tem promovido atividades de conscientização, evitando a proliferação do mosquito, que transmite doenças como a dengue e a febre amarela.

Secretaria de Saúde pede apoio dos moradores para que fiquem atentos aos criadouros do mosquito

Secretaria de Saúde pede apoio dos moradores para que fiquem atentos aos criadouros do mosquito

 

De acordo com Maria Isabel Araújo, coordenadora de Vigilância em Saúde, a maior quantidade de casos de dengue é registrada entre janeiro e maio, sendo que os meses com maior incidência da doença são março e abril. “Esse fato ocorre devido às condições climáticas, pois nesse período há muita alternação entre chuva e sol, o que faz com que sejam criados muitos depósitos de água permitindo que o mosquito coloque seus ovos”.

A coordenadora afirma que esse ano o departamento iniciou os mutirões mais cedo para evitar a doença. “Nesse mesmo período do ano passado, até o dia 4 de fevereiro, foram registrados 279 casos de suspeita de dengue. Esse ano nós tivemos apenas quatro suspeitas e todos os resultados foram negativos, então, ainda não houve nenhum caso de dengue em Araguari em 2017”.

Segundo a coordenadora, o objetivo dos mutirões também é conscientizar a população. O último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa) realizado no município demonstrou que a maior parte dos criadouros (36%) está em recipientes de plásticos, latas e outros objetos deixados nos quitais das residências. “A população é nossa parceira, principalmente nesse período, então, sempre pedimos para que os moradores não deixem acumular água nos quintais e tirem ao menos dez minutos por semana para verificar sua casa”.

Atualmente, o departamento conta com 120 Agentes de Combate a Endemias, além da equipe de Educação em Saúde, que realizam visitas domiciliares, em postos de saúde e também ministram palestras em escolas e outros locais, conscientizando os moradores sobre a importância da prevenção. As visitas domiciliares são realizadas de segunda a sexta-feira, das 7 às 13h.

Durante as conscientizações, a população também é lembrada sobre os riscos da febre amarela. “Muitas pessoas ficaram alardeadas com essa questão, então, gostamos de lembrar que na zona urbana, quem transmite a doença é o Aedes aegypti e quando eliminamos os criadouros, também estamos prevenindo contra a febre amarela. Ainda não tivemos nenhum caso no município, mas além da vacina, eliminar os criadouros também é uma importante prevenção”.

Em casos de imóveis para aluguel ou abandonados, os agentes tentam entrar em contato com os proprietários. “Quando um vizinho denuncia que há um possível criadouro em um imóvel que está para alugar, se for de imobiliária, ligamos para a empresa e pedimos para que o local seja aberto para vistoriarmos. Quando se trata de imóveis abandonados, os agentes tentam entrar no local para colocar o larvicida e também virar para baixo os objetos que possam acumular água”.

A coordenadora acrescenta que os terrenos baldios que não possuem cercas ou muros podem se tornar criadouros. “Os proprietários não cercam os lotes e outros moradores acabam utilizando o local como depósito de lixo. Além de ajudar na proliferação do mosquito, ajuda também na de ratos, caramujos e até mesmo cobras. Precisamos de todo o apoio da população, para que cada um tome conta de seus lotes e os moradores tenham a consciência de não jogar lixo nesses locais, pois o município possui a coleta regular de lixo”.

Maria Isabel comenta que os resultados positivos não podem fazer a população baixar a guarda em relação aos criadouros. “Estamos contentes com o resultado, mas continuamos empenhados e intensificamos o trabalho para continuarmos com esse índice baixíssimo”. Os interessados em realizarem denúncias sobre possíveis criadouros do mosquito podem entrar em contato com o departamento de Controle de Zoonoses pelo número (34) 3690-3101.

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