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Carlos Machado afirma satisfação em vitória nas urnas para fortalecimento de trabalho social

qui, 27 de outubro de 2016 05:50

por Talita Gonçalves

A série de entrevistas da Gazeta do Triângulo com os vereadores eleitos se aproxima do fim. Nesta edição, foi a vez de Carlos Machado (PSL) abordar as perspectivas para mais um mandato na Câmara, sua trajetória na imprensa e o trabalho social que desenvolve há mais de 30 anos. A reportagem foi recebida no gabinete do vereador na última terça-feira, 25.

Referência do radialismo local, Carlos Machado  se prepara para iniciar segundo mandato

Referência do radialismo local, Carlos Machado se prepara para iniciar segundo mandato

 

Onde você estava no momento da apuração? Estava na casa de uma das minhas assessoras, vivendo esse momento acompanhando pelas redes sociais, na internet e emissoras de rádio da nossa cidade, junto com as pessoas que trabalhavam comigo, amigos, familiares.

Como foi saber que você havia sido reeleito? Foi uma satisfação, porque temos uma obra social enorme e que existiu. Sou mantenedor dela por 30 anos, completados no mês de outubro. Não dá para esconder de ninguém que, com o mandato, a gente tem uma estrutura melhor para patrocinar e colocar em prática esse sonho que eu tinha na obra social, que é aquisição de cadeiras de roda, pares de muleta, andadores, cadeiras de banho, camas de hospital, promoção de eventos em datas como Dia das Crianças, Natal e outros. A estrutura de um mandato me permite fazer isso, em parceria com a população. Então fiquei feliz pela minha reeleição; porque posso estar ampliando esta obra social.

Fale mais sobre esse trabalho. O Cantinho da Solidariedade tem endereço certo: rua Tocantins, 920, esquina com a avenida Brasil, no bairro Brasília. Lá a gente paga contas de luz, água, guarda esses materiais para não estragar. Porque eu adoro fazer essa obra social. A função de vereador me ajuda, porque estando mais próximo do povo, fica mais fácil saber o que o povo quer. Se está faltando extensão de rede elétrica, asfalto em uma rua, se na escola a merenda corresponde, enfim, você tendo mais contato fica mais fácil. Porque o povo é sábio, a sabedoria vem do povo. Sou um servidor, sim. Sou um fiscal, sou. Mas o vereador é o para-raios do povo, e isso te possibilidade fazer um mandato mais verdadeiro.

O que você achou da mudança eleitoral? A campanha eleitoral em si não é só durante 45 dias. De forma visível, com propaganda, santinho na rua e cabo eleitoral, sim. Mas o trabalho político começa a ser desenvolvido bem antes. Achei diferente; na minha avaliação é curto. Você não consegue chegar a todas as residências. Evidentemente que precisamos desenvolver isso antes.

O que você destaca de positivo em seu primeiro mandato? Vários requerimentos nossos foram atendidos pela administração. Por exemplo, a avenida Brasil. Fiz três requerimentos pedindo o asfaltamento e urbanização, iluminação e sinalização estratigráfica. A avenida Comissão Crulls foi a mesma coisa. Os 100% de asfaltamento nos bairros de Fátima e Brasília também, os colegas vereadores aprovaram e eu sou muito grato por isso, mas não basta fazer requerimento. É preciso fazer gestão política, estar sempre lá, explicando ao prefeito, ao secretário de Obras, o ganho que o povo e a cidade tem com isso. No terreno que está separado entre o bairro Madri e o Monte Moriá, deverá ser construída uma creche para 150 crianças, também foi requerimento nosso. A UBS da avenida Brasil seria construída em outro local. Fizemos um estudo e convencemos a administração de que ela atenderia o Portal de Fátima e adjacências nesse endereço. Fomos atendidos e o povo está satisfeito. Também foram atendidos requerimentos que a população gastou menos. Você quer ver um requerimento que não parece importante, mas é? Em frente o Cemitério Bom Jesus, ao lado do muro que é área de segurança do Exército Brasileiro, no dia de Finados as pessoas estacionavam ali e além de mandarem multar os carros, alguns eram apreendidos e guinchados, isso gerava uma revolta muito grande, porque o pessoal estava ali para homenagear entes queridos falecidos. A partir de 2013, fiz um trabalho político junto ao comando do Batalhão, secretaria de Serviços Urbanos e a secretaria de Trânsito. Ficou definido que nessa data poderia estacionar ali não gerando multa. Criou-se uma cultura saudável. Eu sou muito agradecido ao prefeito Raul Belém (PP) porque eu não posso me queixar. Muitos requerimentos foram atendidos por ele. Esse meu primeiro mandato é altamente positivo.

Você teve uma queda na votação em relação ao primeiro mandato. Não só eu tive uma queda como vários companheiros. Estou revendo conceitos, conversando com pessoas entendidas em política, porque se você não fizer isso, não admitir alguns erros de estratégia política, você pode incorrer no mesmo erro futuramente. Tenho a humildade de reconhecer que a minha votação diminuiu, estou fazendo um trabalho para melhorar isso numa próxima eleição.

Quando se fala em “Carlos Machado”, imediatamente a população pensa na figura do radialista, referência do jornalismo policial local. Conte um pouco sobre sua trajetória no rádio. Sou nascido e criado em nossa cidade, na região do meu querido bairro Amorim. Meus pais se mudaram para Ribeirão Preto (SP) porque meu pai foi convidado para trabalhar em um frigorífico lá, onde ele ia ganhar mais. Meu pai era magarefe. Então ele aproveitou para nos ajudar a estudar. Estudei, meus irmãos também e consegui fazer um curso paralelo de jornalismo na Instituição Universitária Moura Lacerda. Esse curso era rápido, com duração de dois anos. Muito apertado, mas serviu muito para mim. E eu gostava muito de microfone, fui trabalhar na Rádio Cultura, na Rádio Braziliense, na Rádio Colorado AM e FM em Ribeirão Preto. Meus pais voltaram e eu fiquei um pouco mais, por 13 anos. Depois voltei para a “terrinha” pelas mãos do saudoso deputado Raul Belém, que queria montar um jornalismo forte aqui em Araguari. Ele era proprietário, um dos sócios da Rádio Araguari. E falaram para ele que eu era jornalista em Ribeirão e que eu gostaria de voltar. Ele então me trouxe e eu ajudei a montar a estrutura do programa, que se chamava Jornal Cidade, que foi um sucesso na época, nos idos de 86, 87 e 88. De lá para cá, fui para a Rádio Cacique, Rádio Planalto, Rádio Araguari, fiz televisão por duas temporadas, enfim. Tive sempre o prazer de receber muita audiência aqui ao longo da minha vida profissional de apresentador, repórter e também de radialista.

Seu trabalho social começou com o rádio? Na verdade eu comecei logo quando vim para Araguari, no meu primeiro programa, em 86. Começou pequeno e foi crescendo.

E a presidência da Câmara? Eu sou muito cauteloso. Estou escutando aí alguns pré-candidatos e eu deverei votar em algum deles. Não tenho dificuldade de nomes. Estou escutando que o vereador Tiãozinho (PRP) é pré-candidato, que o Giuliano Tibá (PTC) também é, que o vereador Cláudio Coelho (SD) é pré-candidato e me perguntaram também se o meu nome está indicado para ser um pré-candidato. Eu disse sim, pois não fujo da minha responsabilidade política. Meu nome está colocado também. O que eu não tenho é intransigência, é vaidade para impor. Não tenho dificuldade para votar nestes que eu citei ou em qualquer outro nome que surgir. Acho que todos tem capacidade para conduzir a mesa diretora por dois anos com muita competência.

Quais são as perspectivas para o seu segundo mandato? Bom, é claro que a função de vereador não pode ser abandonada. O vereador zeloso pelas leis, que faz o Poder Legislativo ser forte, é o poder da liberdade democrática, que faz parte das pilastras da sociedade, porque sem Legislativo vira ditadura. Tenho que ser um vereador fiscalizador, vigilante e que ouça o povo. Estou muito motivado e incentivado, entusiasmado com esse próximo mandato.

Você apoiava o Raul (PP) mas quem ganhou foi o Marcos Coelho (PMDB). Como você vê seu trabalho dentro desse cenário? Devo dizer que meu candidato perdeu a eleição. Isso eu já assimilei. Mas tenho que entender que a cidade é mais importante do que eu. Então tenho que ter responsabilidade, desprendimento ao tomar decisões, para que essas decisões não prejudiquem a cidade. Temos que ser prudentes nesse sentido e é isso que faremos. Tudo que for bom para a cidade de Araguari sempre vai ter minha aprovação. Aquilo que eu achei que não foi bom no governo do Raul eu votei contra, e isso farei independente de qual for o prefeito.

Que mensagem você deixa para a população araguarina? Deixo uma mensagem de esperança no futuro. Nossa cidade é maravilhosa. Esse chão é abençoado. Nós moradores de Araguari, independentemente de ter nascido aqui ou não, pois muitas pessoas não nasceram aqui e são apaixonados, temos que trabalhar para o progresso de nossa cidade, com muita fé. Que Deus cubra com seu manto sagrado os nossos administradores, autoridades, os companheiros da imprensa, o povo querido de Araguari e que 2017 seja coroado com muita proteção e benção para todos nós.

4 Comentários

  1. Antônio disse:

    Um candidato diz que gasta muito levando eleitores à Uberlândia, outro que paga as contas e faz assistencialismo a seus eleitores, um terceiro gravou que usa uma entidade para prestar serviços em troca de votos. Se tudo isto não é captação ilícita de votos eu não sei o que é.

  2. RONALDO VIEIRA disse:

    GOSTEI MUITO DA PENULTIMA RESPOSTA; ESPERO Q TODOS (VEREADORES) ESTEJA DE ACORDO COM ESTA RESPOSTA DO MESMO!

  3. Maycon disse:

    Em miúdos já se vendeu!

  4. Vinicius mendonça disse:

    Claro que está feliz. Não é pra menos, né?

    Ganhar 12 mil reais por mês pra não fazer nada, quem não fica?

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