Da Redação

O antigo hospital Nossa Senhora de Lourdes continua sendo alvo de reclamações por parte de moradores e profissionais que possuem imóveis nas proximidades. O que antes servia de atendimento médico para a população, se tornou palco de preocupação, pois, o prédio tem sido utilizado por moradores de rua.

O barulho no local, a sujeira, o mato alto tudo isso atrai ratos, baratas e mosquitos para as residências próximas; estes são alguns problemas relatados. Populares afirmam ainda que o interior do imóvel continua sujo, causando mau cheiro. “O local está completamente abandonado, por isso foi invadido por andarilhos, usuários de drogas. Animais entram em nossas casas e ninguém faz nada para resolver a situação,” ressaltou Valéria Ferreira dos Reis, moradora próxima.

 

Para falar sobre o assunto, a reportagem entrou em contato com a secretária de Saúde, Lucélia Aparecida Vieira Rodrigues. Segundo ela, o local está passando por procedimentos administrativos e judiciais. “Gostaria de deixar claro que a secretaria não possui nenhum vínculo com o prédio desde a transferência da sede. A pasta foi retirada do local, pois, o prédio não oferecia as devidas condições de acessibilidade. Outro problema era a insuficiência dos banheiros para o atendimento dos pacientes,” disse.

Conforme explicou o secretário de Administração, Braulino Borges, a responsabilidade do prédio passou a ser dos proprietários no ato da entrega das chaves. Segundo ele, o prédio foi desocupado em 2013, quando engenheiros da prefeitura avaliaram o local e concluíram que a reforma a ser feita ou o pagamento de indenização seria no valor de R$ 70 mil. Em contrapartida, um laudo emitido pela assessoria dos proprietários pedia recurso de R$ 350 mil.

“A prefeitura não concordou com este valor, porque geraria prejuízo ao erário público. Sendo assim, o caso foi encaminhado à Justiça, mas ainda não houve acordo. A locação foi finalizada ainda em 2013 e eles aguardam a decisão judicial. Diante disso, a prefeitura não possui nenhuma ligação com o imóvel,” ressaltou.

Em contrapartida, os proprietários afirmam que não podiam receber o imóvel, pois é necessário que o órgão público faça uma reforma na estrutura e entregue nas condições em que foi alugado, de acordo com o contrato feito entre as partes.

Sobre a atual situação enfrentada pela população daquela localidade, o secretário orientou que as denúncias sejam encaminhadas às secretarias de Meio Ambiente e de Serviços Urbanos, para que os responsáveis sejam notificados quanto à limpeza do local, a fim de evitar prejuízos à saúde pública.