Policiais apresentam opiniões contrárias em relação à unificação das polícias Civil e Militar
sáb, 3 de setembro de 2016 05:38Da Redação
Evento contou com a presença de representantes de diversos órgãos de segurança pública do município
A Comissão Especial da Unificação das Polícias Civis e Militares da Câmara dos Deputados promoveu, nessa sexta-feira, 2, uma audiência pública com o objetivo de discutir a proposta de fusão das corporações.
De acordo com o presidente da comissão, deputado federal Edson Moreira (PR), a equipe tem promovido debates em diversos municípios do país para apresentar a proposta da unificação das polícias e discutir o assunto. “Estamos ouvindo todas as forças policiais do Brasil e também a população, para chegarmos a um bom termo”.
O deputado ressalta que a medida irá diminuir os índices de violência no país. “O modelo de segurança pública do país está falido. Dessa forma, o crime está muito mais organizado do que as forças que o combatem, então, queremos criar um novo modelo de força policial e de segurança pública para melhorar os índices”. O objetivo é criar uma nova polícia, que tenha comando único e academia de formação única, diminuindo os gastos públicos com formação e preparando melhor os profissionais da área de segurança pública. “Teremos uma ramificação investigativa e uma ramificação ostensiva fardada”.
Até o momento, os debates foram promovidos nos municípios de São Paulo, Marília, Belo Horizonte, Campanha, Varginha, Teresina, Fortaleza, Salvador, João Pessoa e Sete Lagoas. “Parte da população e dos policiais quer a unificação, outra parte está em dúvida e outra não quer. Apesar disso, a unificação oferece diversos pontos positivos e a nossa expectativa é muito boa”.
O evento ocorreu no plenário da Câmara Municipal em Araguari e contou com a presença do deputado federal Edson Moreira (PR); Giuliano Sousa Rodrigues (PTC), presidente da Câmara Municipal; tenente coronel Adriano César Araújo, comandante do 53º Batalhão de Polícia Militar de Araguari; delegada Mary Simone Reis, delegada titular da 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil; capitão Fabrício Silva Araújo, comandante da 3ª Companhia de Bombeiros de Araguari; tenente Alisson Cassimiro dos Santos, comandante do 4º Pelotão de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário; delegado André Corazza, da Polícia Civil de Uberlândia; Dalto Umberto Rodrigues, presidente da 47ª subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Araguari; major Lázaro Tavares de Melo, representando o comandante geral da Polícia Militar de Minas Gerais, Marco Antônio Badaró Bianchini; Bruno Brandão, presidente do Conselho Municipal de Segurança Pública, além de vereadores e outros convidados.
Segundo o major Lázaro Tavares de Melo o tema discutido é de grande importância. “É um assunto polêmico, que deve ser discutido. Nós, da Polícia Militar, acreditamos que a unificação não deve acontecer. Não apostamos na unificação, pois, como temos estruturas muito particulares, seria necessário um gasto elevadíssimo para concretizá-la. A estimativa é de R$ 100 bilhões para que a unificação ocorra em todo o país, sem levar em consideração ainda os ajustes salariais”.
O militar afirma que é necessário criar um novo modelo de segurança pública no país. “É preciso criar alternativas viáveis, pois não é fácil fundir duas corporações que, na essência, são diferentes. É necessário criar um novo modelo que não invada tanto a esfera de atribuição de ambas, mas que permita que o cidadão usufrua daquilo que temos de melhor”.
A delegada Mary Simone Reis ressaltou que o aumento dos índices de criminalidade no país é preocupante. “Apesar de todos os esforços dos órgãos de segurança pública, o aumento da criminalidade tem nos preocupado. O atual modelo de segurança tem se mostrado insuficiente para combater o crime. Vemos hoje duas polícias mal remuneradas, desestimuladas, desestruturadas, sem equipamentos e sem condições de combater a criminalidade devido aos poucos recursos”.
Mary Simone acredita que, com a unificação das policiais, haverá melhor proveito dos recursos investidos na segurança pública. “O estado gasta milhões para manter duas estruturas de comando e duas academias, sendo que o objetivo é o mesmo. Diante disso, a proposta da PEC 430 é uma solução viável. A PEC não irá extinguir a Polícia Militar, mas sim criar uma nova polícia unificada, desmilitarizada, com comando e central de inteligência únicos, reduzindo os gastos, facilitando a gestão e uniformizando as ações”.
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Os comandos da PMMG e PCMG discutem algo utópico. O governo quer investir em segurança pública, entretanto, em vez de melhor remunerar os policias e acabar com o déficit das corporações, o governo proproe algo caríssimo e em nada vai resolver a situação do país.
Um exemplo, o governo Pimentel prometeu em campanha que iria reestrutar as polícias, mas até agora, apenas houve procrastinação.
Somos 1341 excedentes de Investigador do Concurso da PCMG aguardando nomeação.
Reafirmo: “Estado forte se faz com Polícia forte”.