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Namorado da suspeita de encomendar morte de grávida é araguarino

sex, 26 de agosto de 2016 05:40

Da Redação

A Polícia Civil ouviu no começo da semana o namorado de Shirley de Oliveira Benfica, de 39 anos, suspeita de ter arquitetado a morte de Greiciara Belo Vieira, de 19 anos, de Uberlândia. Ela estava desaparecida desde o dia 18 e foi encontrada sem vida em uma represa de Ituiutaba. O crime bárbaro ganhou as manchetes de jornais de todo o país devido à crueldade dos envolvidos e da suspeita, que simulava uma gravidez e queria o bebê da jovem para apresentar como se fosse seu.

Identificado apenas como Claiton, o araguarino é corretor de automóveis. De acordo com a delegada Mary Simone Reis, chefe da 4ª Delegacia Regional de Polícia Civil, ele foi localizado na cidade na noite de segunda-feira, por volta das 22h, e se prontificou a prestar depoimento. O caso envolve um trabalho conjunto das delegacias de Uberlândia, Araguari e Ituiutaba.

A princípio, a delegada acredita que ele tenha sido ludibriado pela namorada. “Ele entregou de forma espontânea alguns indícios que dão conta de sua inocência e que ela premeditou o crime,” afirmou.

As investigações foram coordenadas pelo chefe do 9º Departamento de Polícia Civil, Hamilton Tadeu de Lima. O caso foi elucidado em menos de 24 horas após o corpo ter sido encontrado devido ao trabalho simultâneo das três delegacias regionais na realização de diligências. “Quando acharam o corpo, o legista constatou que a vítima tinha sinais de gravidez. Foi isso que nos possibilitou encontrar essa criança ainda com vida,” disse o delegado.

Ele adiantou que as investigações apuram o envolvimento de outras duas pessoas, que não tiveram o nome divulgado para não atrapalhar as investigações. “Agradeço a colaboração de todos os policiais lotados no meu departamento e nas respectivas regionais,” concluiu.

Os envolvidos na morte de Greiciara serão indiciados por homicídio duplamente qualificado, sequestro, ocultação de cadáver e subtração de incapaz.

A bebê está internada no Hospital de Clínicas da UFU e conforme decisão da Justiça; a guarda provisória será concedida a avó materna.

CRUELDADE

De acordo com as investigações, Shirley resolveu forjar uma gravidez e chegou a montar o quarto do bebê e apresentar exames falsos de ultrassom na tentativa de manter o namoro. A justificativa para a barriga não crescer era de que ela havia feito uma cirurgia de abdominoplastia.

Além de Shirley, foram presas em flagrante duas transexuais conhecidas como Mirele, de 22 e Yasmin, de 24, e a técnica em enfermagem Jacira Santos de Oliveira, de 48. Mirele teria abordado a grávida em Uberlândia a pedido de Shirley.

Ainda conforme as investigações, a transexual ligou para a vítima com o pretexto de entregar um presente para o bebê e de irem para uma festa. Lá ela teria sido dopada e levada para Ituiutaba. O delegado relatou que a tentativa de fazer a jovem desmaiar com éter falhou, e Jacira abriu a barriga da jovem ainda acordada, enquanto viu sua filha sendo retirada e clamava por sua vida.

Depois do parto forçado, a jovem foi enforcada até a morte. No lugar da criança, puseram uma pedra para que o corpo não emergisse, o enrolaram numa tela de arame e o jogaram na água. Mas, dois dias depois, o corpo flutuou e, no domingo, foi encontrado por duas pessoas que passavam pelo local.

1 Comentário

  1. Cezar disse:

    Acho que precisava repensar as leis neste país, para que a justiça seja aplicada na mesma proporção dos crimes. Estamos num país bagunçado, com pessoas extremamente mal educadas, que não querem respeitar os direitos dos outros e cumprir seus deveres. Pessoas que só querem levar vantagens. Por isso temos políticos corruptos em todas as suas esferas, que não mexem nestas leis para não prejudicar eles mesmos.
    Precisamos cobrar isso dos políticos,. mas antes, votar com consciência e nunca vender o voto, pois senão que moral terá para cobrar deles?

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