Corpo de Bombeiros deve trabalhar com 10% a menos de recursos em 2016
qua, 24 de agosto de 2016 05:01Da Redação
Em meio à redução dos gastos, corporação enfrenta período crítico de combate a incêndios
Dados atualizados no Portal da Transparência do governo de Minas Gerais mostram que o Corpo de Bombeiros teve o orçamento de 2016 reduzido em 10%. Entre janeiro e julho foi gasto com a corporação o equivalente à R$ 473,2 milhões. O valor é menor do que a quantia disponibilizada no mesmo período no ano de 2015, que chegou à R$ 528,8 milhões.
De acordo com militares, a situação reflete no serviço prestado à população. Para o sargento Marco Antônio, presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra) o corte de gastos compromete treinamentos dos militares, infraestrutura, logística e pessoal. “Não investir em um órgão tão importante, que atua diretamente em ocorrências críticas e acidentes é uma decisão errada. Afeta o serviço prestado pelos militares”, afirmou o sargento.
Conforme informação da Associação, o Corpo de Bombeiros está presente em cerca de 70 dos 853 municípios mineiros. O estado conta atualmente com cerca de seis mil militares para atender uma população de mais de 20 milhões de habitantes, número considerado abaixo do necessário. O número de militares na corporação não atinge o recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU). “Seguindo o parâmetro da ONU, o Estado teria que praticamente quadruplicar o efetivo. Tarefa delicada em um cenário de corte orçamentário,” ressaltou.
Enquanto isso, outros órgãos que compõem o sistema de segurança pública do Estado ainda não tiveram redução no orçamento. O sargento faz um alerta para o governo que, segundo ele, tem deixado de lado uma área tão importante e estratégica da segurança pública. Ele pede o apoio da população. “A própria comunidade pode denunciar a carência desse serviço. Não é possível esperar que uma tragédia ocorra para que alguma medida seja tomada para resolver este problema,” completou.
O corte promovido pelo Governo Estadual faz parte de um conjunto de ações do governo com o objetivo de conter gastos públicos, conforme o decreto o 46.649, assinado pelo governador Fernando Pimentel (PT). Cerca de R$2 bilhões deixarão de ser repassados para despesas operacionais e custeios da máquina pública. A medida foi anunciada em meados de fevereiro quando o governador afirmou que a prestação de serviços à população não será afetada, e que o montante será cortado de um total de R$ 92 bilhões, considerando que o valor não influenciará em despesas obrigatórias do Estado e naquelas que também são custeadas por recursos federais.
Queimadas aumentam de 30%
O número de incêndios em Minas Gerais teve um aumento considerável. No mês de julho, por exemplo, cresceu 30% se comparado à média histórica registrada nos últimos cinco anos. A situação, segundo militares pode piorar, pois, o balanço de agosto considerado um dos períodos mais críticos do ano, ainda não está fechado. Para isso, foi montada uma força tarefa e profissionais do setor administrativo estão sendo treinados para auxiliar nas ações.
A Força-Tarefa Previncêndio, é coordenada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e composta por diversos órgãos e entidades. Também foram contratados 381 brigadistas que estão disponíveis para trabalhar por quatro meses no território mineiro. Os brigadistas serão dispostos nas unidades de maior vulnerabilidade e nos municípios onde existem bases operacionais do Previncêndio.
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Enquanto este país estiver pagando milhões para os políticos, gostos exorbitantes com viagens para os mesmos, não irá sobrar dinheiro para investir em educação, segurança, saúde e outros que são para o povão. No Brasil serviços de qualidade para a população, tudo fica em segundo plano.Isso não é prioridade aqui. Quando eles vão fazer economia eles vão é na arraia miúda.