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Minha Casa Minha Vida – Reforço no acompanhamento dos candidatos podem evitar irregularidades, afirma secretária de Planejamento

ter, 19 de julho de 2016 05:44

por Talita Gonçalves

Denúncias de irregularidades no Minha Casa Minha Vida tem sido recebidas com frequência pela secretaria de Planejamento e Habitação a cada residencial entregue. Na manhã de ontem, um homem vendia diversas casas do programa habitacional em um grupo de compra e vendas na rede social, servindo como intermediário dos proprietários interessados no negócio; mais um caso que passa a ser averiguado.

Depois de avaliar a situação do imóvel – abandonado, cedido, alugado ou vendido, a equipe da secretaria preenche um termo padrão que é disponibilizado pelos bancos que financiam o residencial. Todos os beneficiários são informados no momento da assinatura do contrato que não podem vender ou utilizar a casa para qualquer outra finalidade que não seja moradia própria.

Depois disso, o banco entra em contato com o morador para investigar a denúncia. Segundo Eliane Gussoni, secretaria de Planejamento e Habitação, depois de enviadas as informações, o banco não informa à secretaria quais procedimentos adotou. No entanto, ela afirma ter recebido informações de que alguns moradores tem sido notificados.

Este tipo de situação recorrente no Minha Casa Minha Vida, é para Gussoni, reflexo de falhas no processo de seleção e acompanhamento dos beneficiários. Mesmo reconhecendo a evolução de pontos como o sorteio, que passou a ser acompanhado pelo Ministério Público e aberto ao público, ela destacou a necessidade de melhora. “Tivemos sorteios realizados bem antes de o empreendimento ficar pronto e as informações do CAD único tem que ser atuais. Por isso houve tantas pessoas que não se enquadraram,” disse.

Secretária de Planejamento defende melhorias no programa habitacional para reduzir irregularid

Secretária de Planejamento defende melhorias no programa habitacional para reduzir irregularidade

 

O ideal seria que o certame fosse organizado no máximo quatro meses antes do residencial ser entregue. “O banco vai analisar aquela pasta e a pessoa não tem mais a mesma vida do ano anterior,” exemplificou.

A secretaria também ressaltou a necessidade de reforçar a equipe da subsecretaria de Habitação. O ideal seria ter assistentes sociais que visitassem cada titular sorteado para comprovar se ele realmente precisa do benefício, algo que não acontece. Leva-se em conta as informações repassadas no ato da inscrição e a análise do banco, sem um acompanhamento posterior ao sorteio.

“Todos os problemas que temos hoje são consequência disso. Evoluímos em muita coisa, mas ainda precisamos evoluir mais. O programa Minha Casa Minha Vida tem que ser reavaliado, com urgência, porque ele é falho,” ressaltou.

O decreto que autoriza uma parcela dos imóveis de um residencial para pessoas em situação de vulnerabilidade social, sem a necessidade de sorteio, também recebeu críticas. “Foi onde tivemos mais problemas em questão de irregularidade. Morador de rua que vendeu a casa e foi embora, mãe de onze filhos que também vendeu a casa,” expôs.

Denúncias de irregularidades no programa Minha Casa Minha Vida podem ser feitas pelos telefones 3690-3095, 3690-3260. Não é preciso se identificar, basta informar o endereço do imóvel, do contemplado e a situação. Também é possível fazê-las pessoalmente, das 8 às 11h ou 13 às 18h, no endereço rua Esplanada da Goiás, s/nº, bairro Goiás.

1 Comentário

  1. Eliane disse:

    Como a pessoa consegue passar o ágio para outra, se a casa não pode ser vendida e esta teria que procurar a caixa.para fazer a troca do nome. Não demora vão começar a fazer é catira. Não estou dizendo que são todos, toda regra tem exceção, mas, para estas pessoas que não podem ver dinheiro, o melhor é passar a casa para outros mais necessitados. Eu mesma já vi em alguns sites fotos destas casas a venda. Parece que tem pessoas que não dão valor ao que ganham.

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