Projeto ASAS realiza soltura de animais reabilitados na natureza
sex, 15 de abril de 2016 08:18Da Redação
Viveiro deve receber novos animais ainda nesse semestre
O projeto ambiental Área de Soltura de Animais Silvestres (ASAS) promoveu nessa quinta-feira, 14, a soltura de 31 animais reabilitados de volta à natureza. As aves das espécies Papagaio-verdadeiro e Papagaio-do-mangue foram encaminhadas pelo Centro de Triagem de Belo Horizonte e são provenientes do tráfico de animais.
De acordo com a veterinária Juliana Magnino, Analista Ambiental da Coordenadoria de Pesquisa e Proteção à Biodiversidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF) o projeto é realizado através de uma parceria entre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o IEF. “O projeto consiste em tentar trabalhar a reabilitação de animais silvestres advindos do tráfico e devolvê-los para a natureza”.
A veterinária conta que o projeto tem início com a avaliação da área. “Verificamos se há uma reserva, um corredor ecológico para abrigar os animais depois da soltura e também avaliamos se os animais a serem soltos são de ocorrência da região. É um projeto para quem gosta de animais, pois o viveiro é construído pelo proprietário da fazenda e ele também é responsável pelas despesas de manutenção dos animais”.
Os animais são encaminhados pelos Centros de Triagem do país. “Quando eles chegam, começamos o processo de reabilitação, que pode ser de um mês, seis meses ou até um ano, dependendo da espécie. Esses animais são pré-selecionados pelos centros e apenas aqueles que estão aptos à soltura participam do projeto”.
A equipe realizou a soltura de 31 aves das espécies Papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva) e Papagaio-do-mangue (Amazona amazonica). “Esses animais ficaram muito tempo em Belo Horizonte esperando que houvesse o projeto ASAS em sua área de ocorrência, para que pudessem ser reabilitados. O Amazona amazonica é uma espécie bem comum da região do Triângulo Mineiro, então, eles puderam vir para cá”.
O tempo de reabilitação dos papagaios foi de seis meses. “É um trabalho de formiguinha. Esse foi nosso primeiro trabalho com o viveiro e temos muita fé em reduzir essa questão do tráfico de animais e devolvê-los à natureza. O papagaio é uma das espécies mais difíceis de passar por esse processo de reabilitação, pois eles socializam muito e esses ficaram muito tempo em cativeiro, tendo contato com seres humanos”.
A veterinária afirma que o trabalho de monitoramento continua. “A fazenda continuará à disposição. Fizemos a abertura do viveiro, mas ele permanecerá aberto caso queiram voltar ou precisem de alguma ajuda. É tudo muito novo para eles. O trabalho ainda não acabou. Esse é um trabalho de parceria, então todos podem ajudar com doação de frutas, madeira para a construção de ninhos e de diversas outras formas”.
Daniel Hathenher, cuidador dos animais, comenta que o projeto é bastante envolvente. “É um trabalho emocionante. Nunca havia participado de um projeto como esse, mas quando fui chamado, não pensei duas vezes. Quando abri a porta do viveiro, tive que conter as lágrimas. Espero que todos se reabilitem e voem, pois nosso objetivo é vê-los soltos na natureza”.
Segundo o proprietário do local, Bruno Brandão Neto, o trabalho de reabilitação dos animais é de grande importância. “A sensação de devolver esses animais para a natureza é muito boa. É um trabalho apaixonante, que envolveu toda a minha família. Em breve, vamos fundar uma ONG para arrecadar recursos e ampliar o projeto. Gostaria de agradecer aos parceiros que ajudaram na manutenção dos animais, trazendo as frutas, à equipe do IEF, que não mediu esforços e a todos os envolvidos”. O Centro de Triagem de Belo Horizonte deve enviar um novo lote de animais ainda esse ano. “Ainda não sabemos a data e a quantidade de animais. Estamos aguardando a liberação do Centro de Triagem ainda para esse semestre”.
O comandante do 4º Pelotão de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário, tenente Álisson Cassimiro dos Santos, esteve presente durante a soltura dos animais. “É uma experiência interessante ver o animal ser introduzido no meio ambiente. Percebemos que ele estranha a liberdade de não ter a restrição de uma gaiola, por isso é tão importante o trabalho de reinserção desses animais na natureza”.
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