Da Redação

Em todo país, mais de 3,6 milhões foram às ruas protestar pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff

O Brasil foi às ruas neste domingo, 13, vestido de verde e amarelo na maior manifestação política da história do país, contra a presidente Dilma, o PT e o ex-presidente Lula. Araguari não ficou de fora e registrou a maior participação em protestos desde o ano passado: a Polícia Militar estimou que 1500 a 2000 pessoas estiveram na praça Getúlio Vargas e na passeata que percorreu ruas do Centro.

Com muita animação, os participantes caminharam uma hora e meia, enquanto alguns acompanharam de carro. O clima foi pacífico, pessoas de todas as idades, famílias, crianças levaram cartazes criticando o governo. Alguns levaram os populares bonecos “pixulecos”, do ex-presidente Lula vestido de presidiário. Também havia mensagens em apoio ao juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato.

 

Acompanhada da família e das amigas, Nedir Machado de Carvalho comentou que ficar aborrecido em casa não resolve. “Temos que ir para mostrar que a gente está chateado, está contra o governo e queremos que a Dilma saia de lá. Pela minha idade, nunca vi tanta roubalheira. Uma quadrilha (PT) que tomou conta do país,” disse a senhora.

O estudante Pedro Arthur de Souza ressaltou que a presença de jovens na manifestação é prova de que uma geração que pensa na política de outra maneira está por vir. “Por muito tempo ‘ser jovem’ foi sinônimo de ser esquerda, descolado, politizado. Mas isso foi superado. Acreditamos em outra forma de modelo econômico e social,” afirmou ele, que se considera direita liberal.

Os manifestantes saíram às ruas em 326 cidades, em todos os estados e no Distrito Federal. Os organizadores estimaram o público em 6,8 milhões de pessoas. As polícias militares divulgaram o número de 3,6 milhões. No entanto, o órgão de defesa não divulgou levantamentos de algumas capitais, inclusive no Rio de Janeiro.

 

Ambos os levantamentos superam os 2,5 milhões que protestaram em 15 de março de 2015. O levantamento do Datafolha divulgado às 16h apontou de que 450 mil manifestantes participaram do ato em São Paulo. Segundo o instituto de pesquisa, o maior ato da história paulista até então havia reunido 400 mil nas Diretas Já (1984) e o maior anti-Dilma, 210 mil pessoas em março de 2015.

Para o empresário Reinaldo Caetano, um dos organizadores em Araguari, pela divulgação dos envolvidos com a iniciativa e o alcance das redes sociais, um aumento significativo era esperado, mas não nesta proporção. Agora, ele espera que o ato político seja ouvido pelos representantes do povo. “Esperamos que o sucesso da manifestação em todo o país traga resultados positivos para aquilo que desejamos: mudança. Ninguém aguenta mais”, concluiu.