Por Lêda Pinho

Marlene Sardinha

Em breves pinceladas, o perfil da mulher Marlene Sardinha que, assim como todas as Marias do mundo,  sonhou um dia em constituir  uma família estruturada onde o amor, a boa educação, a harmonia e, principalmente,   a  orientação  religiosa,  fossem   a   base  forte   na construção desse sonho.

Casou-se com o Coronel Mário dos Santos Sardinha com quem teve dois filhos que seguiram a carreira militar, tal qual o pai.

A dedicação de Marlene como mãe estendeu-se aos três netinhos, que representam para ela a mais completa realização da mulher na trajetória familiar:  esposa,  mãe e   avó,  companheira  do   marido, amiga   e   educadora  dos   filhos   e   –   como   toda   avó-   um   ninho  aconchegante para os netos.

A   homenageada   buscou   seu   crescimento   pessoal   dividindo   o tempo entre as funções  do lar e a busca de uma profissão que lhe permitisse somar com  o  crescimento das  pessoas  por   meio   da Educação e da Cultura. E foi à luta, dominando muitas vezes o cansaço, as indisposições normais, sem se deixar esmorecer ou pensar em desistir. Havia um objetivo a ser alcançado e por ele vencia obstáculos,  sempre  com  otimismo  e   confiança  em  seus propósitos.

Formou-se em Pedagogia pela Universidade Federal de Brasília, com pós-graduação em Ensino Especial e Supervisão Escolar.

É Bacharel em Teologia e,   em 2015, concluiu o   curso de Pós-Graduação em Gestão Cultural, Economia e Negócios elaborando o texto  “Café   no   Trem”,   como   trabalho   de   conclusão   do  Curso, avaliado como “Excelente”.

O   referido   projeto   versa a   respeito   do   aproveitamento   das instalações   em   vagões   da   antiga   Estrada   de   Ferro   Goiás transformando-os num complexo histórico e cultural que, ao mesmo tempo,   preservaria   a   memória   ferroviária   de   nossa   cidade   e propiciaria lazer para a comunidade araguarina. Tal projeto, além de estimular o turismo também movimentaria a economia local.

O sonho de alavancar não só historicamente a Estrada de Ferro Goiás,   mas   também   ver   aquele   maravilhoso   espaço   físico aproveitado e transformado em complexo turístico se insere no  projeto  elaborado por Marlene Sardinha.

Mas seu idealismo vai além. A paixão pela política levou-a  a lutar pela busca da presença feminina  no universo político, nas decisões do destino da população e do crescimento sóciocultural,   a partir dos municípios  brasileiros.

Foi a primeira mulher a   disputar   a prefeitura de Araguari e, por duas vezes, pleiteou uma cadeira na Câmara Municipal e ainda, candidatou-se a deputada Federal.

“Por   amar   Araguari   e    acreditar   que   um   político   sério   e comprometido com o povo, pode  – com certeza – melhorar a vida

das pessoas, continuarei a luta pela conquista de espaço na política  de nossa cidade” , conclui Marlene.

Por duas vezes diretora da Casa da Cultura Abdala Mameri, sente-se gratificada pelo excelente trabalho realizado e por  fazer  daquele

local um espaço aberto a todos os segmentos culturais.

Seu jeito alegre e carismático levou-a a conquistar tanto o carinho da equipe que atua naquela respeitada Casa quanto das pessoas que utilizam aquele espaço cultural estabelecendo entre todos um clima de amizade e parceria.

Sua caminhada pela trilha da Educação e da Cultura conferiu-lhe invejável   bagagem   para   exercer   e   postular   cargos,   que   lhe permitem   e   permitirão   contribuir   para   o desenvolvimento   e   o melhoramento  da qualidade de vida da população de Araguari.

“A cultura promove o desenvolvimento do ser humano”, diz Marlene

“A presença da mulher no universo político é fundamental e indispensável”