Da Redação

Paciente residia em Cumari e foi encaminhado ao município para atendimento médico

A secretaria de Saúde confirmou, nessa sexta-feira, 22, que a causa da morte do trabalhador rural, falecido em dezembro do ano passado, foi a dengue hemorrágica. O homem residia em uma fazenda pertencente ao município de Cumari e foi encaminhado a Araguari para receber atendimento médico.

 

O paciente, de 38 anos, procurou atendimento médico no Pronto Socorro, no dia 27 de dezembro e, na mesma data, foi encaminhado e internado na Santa Casa. Os sintomas clássicos da dengue se agravaram e o paciente passou a sentir dores abdominais. O trabalhador rural faleceu no dia 30 e o material colhido foi enviado para exames laboratoriais em Belo Horizonte.

De acordo com a secretária de Saúde, Lucélia Aparecida Vieira Rodrigues, a Superintendência Regional de Saúde de Goiás foi informada do resultado e tomará as devidas providências. “Recebemos o resultado de que o paciente estava com dengue hemorrágica, porém, ele não residia no município, mas sim em Cumari. Como passou mal durante a noite e a família não conseguiu recursos para o tratamento, eles decidiram procurar o sistema de saúde do município”.

A secretária de Saúde afirma que a dengue hemorrágica é grave, mas existe tratamento. “Quando o paciente é atendido no tempo correto, é possível conseguir resultados positivos, porém, também varia de pessoa para pessoa”. A secretária ressalta que não há riscos para o município. “É uma questão que depende também da imunidade da pessoa que foi picada pelo mosquito, pois se o paciente tem baixa imunidade, não há tempo para o socorro necessário”.

Segundo a secretária, a família do trabalhador rural esteve na secretaria de Saúde na última semana e confirmou que o paciente possuía os sintomas de dengue há dias antes de receber o tratamento. “Estivemos investigando o caso e fomos informados de que o pacientes possuía os sintomas, porém, houve uma piora e ele foi encaminhado em estado de urgência para o pronto atendimento de Araguari, que está sempre de portas abertas”.

Lucélia Rodrigues ressalta que a prefeitura tem obtido bons resultados no combate à dengue em Araguari. “Tivemos uma redução no número de casos, em comparação ao ano passado, porém, os moradores não podem relaxar. É necessário prevenir. Iniciamos a prevenção nesse período chuvoso, com os mutirões de limpeza e o comitê de combate à dengue municipal, que é formado por representantes de entidades de classe, secretarias da prefeitura e outros”.

A secretária ressalta que é importante eliminar os criadouros do Aedes aegypti. “As pessoas pensam que os terrenos são os grandes vilões, porém, mais de 90% dos focos estão nas residências. Estamos fazendo o combate com os agendes de endemias, em conjunto com os agentes da saúde, que estão visitando as residências”.

Maria Lúcia Hirono, coordenadora de Epidemiologia da secretaria de Saúde, a dengue hemorrágica ocorre devido a uma complicação da dengue clássica. “O agravamento dos sintomas da dengue clássica pode resultar em uma dengue hemorrágica. No caso do trabalhador rural, ele se automedicou achando que estava gripado e, quando os sintomas estavam graves, procurou a assistência médica”.

A coordenadora comenta que, em casos de suspeita de dengue, é necessário procurar o atendimento médico. “No início, a dengue parece gripe, mas é necessário procurar o médico e não se automedicar, para evitar complicações”. A coordenadora ressalta que a população deve ficar atenta. “Araguari também está no clima de alerta de enfrentamento à doença. A população tem grande influência no controle dos criadouros, ainda mais nesse período chuvoso. É importante observar constantemente os quintais e cômodos desocupados para verificar se há água parada. Nós precisamos da ajuda da população”.