Da Redação

Empresários solicitam informações oficiais do Governo do Estado em relação à obra

As carretas e caminhões de carga de empresas do Distrito Industrial não puderam trafegar nessa segunda-feira, 18, pela rodovia LMG-748. Devido ao período chuvoso e as condições da via, as empresas não conseguem fazer o carregamento dos veículos.

De acordo com o proprietário de uma empresa local, Alcides Alvares, as condições atuais da rodovia são péssimas. “A via está intransitável e agora, com o período chuvoso, a situação piorou. Não estamos conseguindo utilizar o trecho para chegar até a empresa. O movimento de carretas é grande e tem muita lama, além de buracos. Temos que passar pelo bairro Novo Horizonte para termos acesso à empresa”.

 

O proprietário conta que foram realizados protestos, movimentos e reuniões com vereadores e deputados. “Quando nos reunimos com o deputado Leonídio Bouças (PMDB), foi confirmada a aprovação da verba e o retorno das obras, que realmente aconteceu, mas as atividades foram encerradas em seguida e continuam paralisadas”.

Alcides Alvares comenta que a expectativa é que a obra tenha retorno esse ano. “É uma situação muito ruim, pois não temos como trazer pessoas de fora para a empresa, tivemos veículos estragados devido às condições da estrada e, quando não há chuva, a poeira também atrapalha bastante. Esperamos uma resposta e queremos ver a obra pronta”.

A representante de uma cooperativa de cafeicultores, Eliane Cristina Barbosa Cardoso, afirma que o problema perdura há mais de dois anos. “Têm sido feitas correções paliativas, mas o problema é de conhecimento do poder público há dois anos e agora foi agravado devido às chuvas. Além disso, as carretas de algumas empresas não conseguem fazer o carregamento e o local ficou intransitável. Esse excesso de veículos se deve também à falta de estrutura do Distrito Industrial, e que somando ao problema da rodovia, tornou a situação mais caótica”.

Segundo a representante, o Ministério Público convidou os empresários para duas reuniões no ano passado. “Apesar disso, o problema continua. É um descaso do poder público, não só em relação à área empresarial, mas também com o trabalhador, as pessoas que trafegam e empresas que investem no local”.

Eliane Cristina comenta que não há informações oficiais por parte do Governo do Estado em relação às obras. “Essa situação gera um excesso de politicagem e pouca solução. O governo iniciou a obra, paralisou e, além de não oferecer nenhuma explicação, não há expectativas de retorno. O descaso só aumenta e não sabemos o que está acontecendo”.

A representante comenta que a situação tem causado prejuízos para a empresa. “Não estamos conseguindo fazer com que os containers que levam o café cheguem até a cooperativa, tanto pelo engarrafamento de carretas, quanto pela condição da rodovia. Estamos tendo prejuízos, pois não conseguimos atender nossos clientes e fazer nossas operações”.

As obras de duplicação de 4,3 quilômetros da rodovia que liga o município de Araguari a Indianópolis tiveram início em 2014. Após seis meses de trabalho, o serviço foi paralisado devido ao cumprimento da meta orçamentária de 2014. As obras tiveram retorno em agosto desse ano, com os serviços de drenagem, que exigiram interdição da pista.

Em setembro de 2015, a expectativa era de que a melhoria fosse entregue até o final do mês de dezembro. A empresa responsável pela obra estava realizando a drenagem pluvial do local, quando o serviço foi paralisado novamente. Com o início do período chuvoso, a pista, que estava deteriorada devido às intervenções, ficou repleta de buracos e lama.