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Mais de 12 toneladas lixo são retiradas de quintais em ações de combate à dengue

qua, 23 de dezembro de 2015 08:37

Da Redação

O último mês do ano, período em que as chuvas começam, foi marcado em Araguari por diversas ações do departamento de Controle e Zoonoses para combater o Aedes Aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika. A mais visível delas é a série de mutirões que começaram no dia 28 de novembro e terminaram na semana passada.

Em quatro ações nas áreas com maior índice de infestação segundo o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), foram recolhidas 12 toneladas de possíveis criadouros, 682 pneus e várias caixas cobertas.

Colaboração dos moradores é fundamental para manter quintal limpo após a visita dos agentes de endemias

Colaboração dos moradores é fundamental para manter quintal limpo após a visita dos agentes de endemias

 

No dia 28 de novembro, o efetivo de agentes de endemias da Zoonoses esteve no Sebastião, Alan Kardec, Goiás parte alta e Vieno; no dia 5 de dezembro, o mutirão se concentrou nos bairros Brasília, Maria Eugênia, Madri e Monte Moriá. No dia 11 foi a vez dos moradores do Portal dos Ipês, Miranda e Paraíso receberem a ação; o último mutirão aconteceu no dia 18, nos bairros Amorim, Aeroporto e Gutierrez.

De acordo com o coordenador do departamento de Zoonoses, Wellington Colenghi, as visitas foram importantes para revelar comportamentos específicos de alguns bairros. Só no São Sebastião, por exemplo, foram encontrados 300 pneus, metade do total acumulado nos quatro mutirões.

O Portal dos Ipês também chamou atenção. “As chaves desses imóveis foram entregues há pouco tempo e retiramos de lá dois caminhões de lixo. É o bairro mais novo e proporcionalmente onde tiramos mais criadouros do Aedes, latas, garrafas, lonas. Em duas horas de trabalho conseguimos encher um caminhão,” contou Colenghi.

Durante as visitas, a equipe se deparou com uma situação extrema. Uma senhora, moradora do bairro Miranda, acumulava uma imensa quantidade de lixo em sua casa. Segundo o coordenador, a ação foi acompanhada por uma assistente social que conhecia a moradora.

O material removido somente na casa dela foi suficiente para encher três caminhões. “Acreditamos que ela tenha Síndrome de Diógenes, quando a pessoa tende a acumular coisas sem necessidade. A assistente social acionou os filhos dela, eles autorizaram a remoção e conversaram com a mãe, que também se mostrou sensível ao nosso trabalho,” disse.

Para o ano que vem, o departamento pretende realizar o LIRAa novamente em janeiro, para direcionar as ações. “Assim que tivermos o resultado, vamos saber também se os mutirões tiveram efeito. Não adianta a gente passar e recolher esse material se o morador não entender que é preciso manter o quintal limpo, caso contrário é um tiro n’água,” concluiu Colenghi.

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