Da Redação

O combate à dengue no município segue em ritmo acelerado com os mutirões de limpeza previstos para este final de ano. No último sábado, 28, os bairros São Sebastião, Vieno, Alan Kardec e Goiás parte alta receberam os agentes de endemias, que foram de casa em casa retirando dos quintais entulho e outros materiais que pudessem acumular água e servir de criadouro.

 

As ações levam em conta os dados do último Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), priorizando os bairros com maior índice de infestação. “Acima de 1,6 exige atenção e esses locais que estamos fazendo o mutirão apresentaram 3,1 no LIRAa de outubro,” ressalta o coordenador do departamento de Controle de Zoonoses, Wellington Colenghi.

Ao final das visitas, foram retiradas das residências 2,5 toneladas de material, posteriormente separados. Os recicláveis vão para a ASCAMARA e os demais resíduos sem serventia, levados para o Aterro Sanitário.

Desse total faziam parte 300 pneus, levados para o Ecoponto da secretaria de Meio Ambiente. “Ficamos surpresos com a quantidade encontrada nos quintais. O pneu é o criadouro preferido do mosquito, o abrigo perfeito, com sombra e água, sem contar o problema ambiental que ele causa. Pneu velho não serve para nada, os moradores deveriam perder o hábito de guarda-los,” recomendou o coordenador.

Os cuidados para evitar que o mosquito reproduza estão cada dia mais importantes. O Instituto Butantã divulgou uma pesquisa recente que confirma aquilo que os profissionais atuantes na área desconfiavam: o mosquito está mais forte. “Ele está resistente ao frio, ou seja, nos estados do Sul onde não havia tanta incidência agora está com mais casos; ele está picando durante a noite também, não só de dia e ampliou sua capacidade de voo, voando mais alto e mais longe. Ele também está desenvolvendo resistência a inseticidas,” explicou.

As ações fazem parte da Semana Nacional de Combate à Dengue, Chikungunya e Zika Vírus, que acontece nesta semana. No dia 5, sábado, o mutirão deve percorrer os bairros Brasília e Maria Eugênia. “Eliminamos muitos focos. Apesar disso estamos preocupados porque se o morador não mantiver as condições que deixamos, pode haver focos de dengue. A população tem que estar ciente de que antes era uma doença, agora são três,” concluiu Colenghi.