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Relatório final da ‘CLI da Caçamba’ é apresentado na Câmara dos vereadores

qua, 5 de agosto de 2015 08:17

Da Redação

A CLI (Comissão Legislativa de Inquérito) composta pelos vereadores Sebastião Joaquim Vieira “Tiãozinho” (PRP), José Donizete Luciano “Tenente Luciano” (PP) e Rafael Guedes (SD) foi instaurada no começo deste ano, após o plenário da Câmara ser palco de denúncia a respeito de serviços realizados irregularmente.

Vereador Dhiosney Andrade  faz a leitura do relatório durante a sessão da Câmara desta terça-feira, 4

Vereador Dhiosney Andrade faz a leitura do relatório durante a sessão da Câmara desta terça-feira, 4

 

O primeiro depoimento coletado pela CLI aconteceu no final do mês de março sendo concedido pelo denunciante, Juliano Abadio Reis, responsável pela ‘Disk Caçamba’.

Durante a oitiva, o empreiteiro afirmou que sua equipe trabalhou durante seis meses com serviços de limpeza em diversas regiões da cidade sob as ordens do ex-secretário de Serviços Urbanos Uguney Carrijo e do prefeito Raul Belém (PP), resultando num prejuízo de aproximadamente 600 mil reais.

As investigações giraram em torno de sua versão e de depoimentos de ex-funcionários da prefeitura e da empresa, os quais alegaram ter participado no dia do pagamento de quase 150 mil reais aos motoristas, dinheiro entregue em local inapropriado, ainda no ano de 2013.

Mais de 20 pessoas foram convocadas a prestar depoimentos, uma delas, ocupava o cargo de diretor do Canil, mas após assumir participação no pagamento, foi demitido da função dias depois.

Toda a documentação colhida durante as investigações ficou a cargo da análise da comissão cujo relator, vereador tenente Luciano, foi substituído pelo vereador Dhiosney Andrade (PTC) nas últimas semanas da coleta dos depoimentos no mês de junho.

Na sessão da Câmara desta terça-feira, 4, Dhiosney apresentou o relatório final da CLI, explicando que foi comprovada a prestação de serviço, tendo sido realizada de maneira informal.

Além de comentar sobre transparência durante as investigações, foi destacado a respeito de que o Legislativo não tem a função de culpar o Executivo.

“Não havendo provas documentais sobre a realização dos serviços não teria como o gestor liberar o pagamento. Por isso, apenas uma decisão judicial poderá determinar a origem deste dinheiro, que não causou danos aos cofres públicos”, acrescentou.

O relatório final ficará na Câmara para apreciação dos vereadores e logo após será encaminhado ao Ministério Público, mesmo que não seja aprovado.

Oposição

Na visão da vereadora Eunice Mendes (PMDB) a falta de regulamentação na prestação de serviços tem resultado em sérios transtornos. “Não é a primeira empresa que sofre com o prejuízo. Temos conhecimento de outras, as quais prestaram serviços na área de segurança e da saúde e devido à inelegibilidade de contrato não receberam”.

Segundo informações, o relatório não precisar ser votado. “Nós, os cinco vereadores de oposição utilizaremos de outros recursos para chegar à verdade dos fatos, como o Ministério Público”, garantiu.

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