Da Redação

Moradores solicitam mais segurança no local

A empresa de telefonia Telemar realizou, após várias denúncias, a limpeza de um imóvel abandonado no bairro Palmeiras do Império. O local estava sendo ocupado por usuários de drogas e criminosos, causando desconforto aos moradores do bairro.

 

De acordo com Ana Carolina Vitorino, proprietária de uma panificadora, a situação era caótica. “Era um lugar perigoso. Muitos usuários de drogas utilizavam o imóvel e não podíamos trafegar a noite. Às vezes, mesmo durante o dia, os usuários pulavam a cerca e vinham para a porta da panificadora, causando incômodo”.

A proprietária afirma que, após a limpeza, a situação melhorou bastante. “Os usuários de drogas não estão mais na região. Foi uma conquista para o bairro, pois estava uma desordem. Apesar da limpeza, ainda é necessário colocar seguranças no local. Antigamente, esse prédio era bem organizado, mas agora está todo quebrado e desleixado”.

Segundo o ex-funcionário, Jonalvo Absair Lopes, a limpeza não resolve o problema dos moradores do bairro. “O imóvel está sem portão e sem seguranças, então, os usuários podem voltar a utilizá-lo a qualquer momento. Os responsáveis prometeram que iriam colocar a vigilância e ainda estamos aguardando”.

A Associação dos Ex-funcionários da Telemig (AEFT) será oficializada no dia 11 de agosto. “Vamos continuar tentando conseguir a cessão de uso do local, pois apesar dos responsáveis terem afirmado que há uma cláusula no contrato de privatização impedindo esse procedimento, ficamos sabendo que o prédio da Telegoiás foi cedido aos ex-funcionários e acreditamos que o contrato é o mesmo”.

O ex-funcionário afirma que a AEFT pretende reconstruir o imóvel e colocar seguranças no local, para que a comunidade não tenha mais problemas. “Acreditamos que eles não fizeram a cessão devido a algum problema com o prédio, então, iremos verificar essa situação no Cartório de Registro de Imóveis. Não queremos que aquele local, que é tão importante para nós, fique abandonado”.

Entenda o caso

O prédio, que abrigava o Centro de Apoio das Telecomunicações de Minas Gerais S/A (Telemig), após um processo de privatização do governo, passou a ser de propriedade da prestadora de serviços Telemar. Apesar do funcionamento de duas torres de transmissão no local, o prédio foi abandonado e a estrutura passou a ser utilizada por usuários de drogas.

Os ex-funcionários da Telemig solicitaram à empresa o direito de uso do local, com o objetivo de repará-lo e mantê-lo conservado, além de montar a Associação dos Ex-funcionários da Telemig (AEFT). Após diversas tentativas de entrar em contato com os representantes da empresa, os ex-funcionários solicitaram o apoio do vereador Wesley Lucas Mendonça (PPS) e do Deputado Federal João Carlos Siqueira – Padre João (PT).

O parlamentar enviou um e-mail ao diretor de Operações da Oi em Minas Gerais, Bayard Gontijo, pedindo esclarecimentos sobre a situação. O Diretor de Relações Governamentais, José Luiz Gattás Hallak, respondeu ao e-mail negando o pedido de cessão de uso do local, porém, afirmou que a empresa tomaria providências em relação à limpeza e conservação do imóvel, além de adequações de segurança.