Da Redação

Jovens de 15 anos dirigiram quase 400 km até serem reconhecidos

 

Nas redes sociais, um alívio para amigos e familiares. “Agradeço a preocupação de todos. Estou em casa e já estou bem. Desculpa pelo desespero, mas estou bem”. A mensagem é de Max Fellipe Santos Paiva, 15, que após quatro dias desaparecido com a namorada, acabou reconhecido em Araguari.

A aventura do casal começou na madrugada de domingo, 10, Dia das Mães. Antes que a família acordasse, o jovem aproveitou para pegar o carro do pai e seguir de Goiânia rumo à Brasília (DF), onde encontraria com Giovana Valentim de Moraes Souza, também de 15 anos. Da capital federal e com pouco mais de R$ 200 no bolso, o casal colocou em prática o plano de fuga.

Desde o momento em que perceberam o desaparecimento, amigos e familiares iniciaram uma mobilização nas redes sociais e em veículos de comunicação. Não bastasse isso, a menina desativou as contas na internet e desligou o celular a fim de impedir a localização.

Durante quatro dias, os jovens passaram por diversas cidades, tomaram banho em um lago de Catalão (GO), se alimentaram à base de biscoitos, dormiram dentro do automóvel e chegaram a adotar um cão. Após dirigir quase 400 km em um Honda Civic dourado, o casal chegou a Araguari, onde a aventura encontraria seu destino final.

Na noite de quarta-feira, 13, um sargento do 53º Batalhão de Polícia Militar desconfiou da atitude dos jovens e resolveu indagá-los acerca da situação. Em poucos minutos, eles admitiram a fuga. Ao receber a informação dos policiais, os pais se dirigiram imediatamente ao município. Ambos os envolvidos foram entregues ao Conselho Tutelar até a chegada dos responsáveis.

PLANO DE FUGA

Conforme apurou a reportagem, os adolescentes haviam iniciado o relacionamento a distância há quase dois meses e se encontraram pessoalmente em duas ocasiões. Nas semanas que antecederam o desaparecimento, eles ainda pesquisaram rotas e horários para Brasília, além de informações sobre Araguari e Guarapari (ES), onde pretendiam chegar. O motivo da cidade capixaba seria uma casa de propriedade da família da menina. Ainda assim, essa informação não foi confirmada. De acordo com a PM, os jovens passavam bem quando foram reconhecidos, porém sem dinheiro suficiente para continuar a fuga.