Secretária de Saúde nega perseguição a médico do Pronto Socorro
sex, 10 de abril de 2015 06:00Da Redação
Lucélia Rodrigues esclareceu polêmica do fio de cobre e falou sobre faltas e atrasos do profissional nos plantões
Nesta última terça-feira, 7, foi a vez da secretária de Saúde, Lucélia Rodrigues, ir ao Plenário da Câmara a pedido dos vereadores para se posicionar à respeito das declarações do médico Helvécio José Ribeiro, que disse ter sofrido perseguição interna após ter reclamado de problemas no Pronto Socorro Municipal. Na ocasião, a titular da pasta estava de licença médica.
Dentre as afirmações do médico, a mais polêmica delas era de que um fio de cobre comum, utilizado em ligações elétricas, teria sido utilizado para entubar um paciente.
A secretária esclareceu o fato ao apresentar publicamente uma documentação que comprovava a aquisição de fios específicos para esse fim por meio de licitação, de acordo com o que a literatura científica recomenda. “Na minha gestão como secretária ele nunca realizou esse procedimento,” reforçou.
Indagada pelo vereador Claudio Coelho (SD) sobre as queixas de Helvécio Ribeiro quanto à falta de materiais, Lucélia Rodrigues reconheceu a situação. “Acontece e eu também estou entre os que reclamam,” disse.
Helvécio José Ribeiro trabalha no Pronto Socorro Municipal desde 2007. Concursado desde 2010, durante a semana atua em Uberlândia como médico do INSS, das 13 às 19h. Por isso, suas escalas de plantão costumavam ser somente entre sábados e domingos e passaram a ser quartas e sextas-feiras durante o dia. Atualmente, ele está de férias da função.
ATRASOS E FALTAS
Em entrevista à Gazeta do Triângulo, relatou situações em que o médico deixou de cumprir corretamente seus plantões. Ele nem sempre chegava no horário de início, sábado às 7h, e que em certas ocasiões, faltou sem dar justificativa, situações comprovadas em trocas de e-mails e em documentos internos do Pronto Socorro. “Ele alega que tem insônia, ou que precisa resolver situações familiares, chegava depois do almoço,” expôs.
Um dos episódios mais críticos teria sido um dia em que Helvécio Ribeiro saiu do Pronto Socorro para resolver assuntos pessoais no meio de um plantão, por volta das 23h30. “Nesse dia a unidade ficou sem nenhum responsável médico, somente com enfermeiros. Tivemos que acionar a Polícia Militar e fazer um Boletim de Ocorrência,” revelou.
Segundo a secretária, todos os funcionários do Pronto Socorro estão sujeitos à isso, porque cabe ao controle interno adequar o horário de cada médico. “Ele dizia que os atrasos não iriam se repetir, demos outras chances, mas chega um momento em que a própria necessidade da população fica comprometida,” concluiu.
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Credo!
Mas, quantos plantonistas tem por noite então, só um numa cidade com mais de 110 mil habitantes? Se aparecer 5 indivíduos em estado critico, escolhe pela cor dos olhos aquele que vai receber cuidados?