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LIRAa indica risco médio de infestação do mosquito da dengue em Araguari

ter, 20 de janeiro de 2015 00:05

TALITA GONÇALVES – A Secretaria de Saúde divulgou na sexta-feira, 16, o resultado do Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa). A pontuação em Araguari foi 3,8%, obtendo a classificação de médio risco. O valor é superior ao mínimo de 1% preconizado pelo governo e um décimo abaixo da classificação de grande risco, que é de 3,9%.

A região dos bairros Amorim, Bosque, Jardim Millenium, Belo Jardim e Novo Horizonte (Estrato 3) obteve o maior índice do LIRAa, com 4,4%. Em segundo lugar aparece o Centro da cidade além dos bairros Aeroporto, Industrial e Rosário (Estrato 5), com 4,2%.

Agentes de campo visitaram 2.210 imóveis do município para verificar a presença de larvas e em quais tipos de criadouros elas se encontram. Mais de 99% estavam presentes em domicílios. “Diferente do que a maioria da população pensa, os terrenos baldios não oferecem condições para o mosquito se reproduzir,” ressalta o coordenador do Controle da Dengue, Wellington Colenghi. Ele afirma que nesses locais geralmente a água não fica acumulada tempo suficiente para as larvas chegarem à fase adulta, algo em torno de 15 dias.

Recipientes de plástico, latas e lixos em geral deixados nos quintais correspondem à 23,7% dos criadouros positivos, seguidos por caixas d’água no solo, tonéis e tambores (22,7%); pneus (20,6%); calhas, lajes e ralos (19,6%); vasos de planta, pratinhos e bebedouros de animais (12,4%) além de caixa d’água ligada à rede.

RESULTADO POSITIVO, EFEITO NEGATIVO

Araguari obteve no último LIRAa de 2014 a classificação de baixo risco, com um índice de 0,8%. O coordenador defende que, quando um resultado positivo é divulgado, os moradores se sentem mais tranquilos e ficam menos atentos aos cuidados necessários. “A preocupação com a dengue deve ser constante, mas vemos sempre aquela o próprio quintal limpo,” disse.

ENTENDA O LIRAa

O Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) é realizado três vezes ao ano, em janeiro, março e outubro, meses chuvosos propícios para o desenvolvimento do mosquito. Os agentes de campo visitam residências em diversos bairros, que são divididos em cinco estratos. É como se cada estrato correspondesse a uma região da cidade.

Durante esse trabalho de elaboração do LIRAa, com duração de aproximadamente uma semana, os agentes fazem um levantamento das regiões infestadas e os tipos mais frequentes de criadouros, onde há a necessidade de intensificar as ações de prevenção e combate. Também são mapeados os quarteirões em situação crítica, permitindo maior controle dos focos.
TABELA LIRAa

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