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Mais de sessenta internos fazem parte da Comunidade São Vicente de Paulo

ter, 30 de setembro de 2014 00:11
Geralda Maximiana tem 107 anos de idade. Apesar de afirmar sentir muita falta de sua cidade natal, conta que é bem tratada e fica extremamente contente ao receber visitas. Foto: Gazeta do Triângulo

Geralda Maximiana tem 107 anos de idade. Apesar de afirmar sentir muita falta de sua cidade natal, conta que é bem tratada e fica extremamente contente ao receber visitas.
Foto: Gazeta do Triângulo

MEL SOARES – Não há quem não se torne mais motivado pela vida, após visitar os internos da Comunidade São Vicente de Paulo. A maioria deles necessita de auxílio dos funcionários para realizar tarefas simples, no entanto, a reportagem conferiu a rotina deles, e apesar das dificuldades, a alegria é o principal remédio utilizado para superação da saudade e fortalecimento da longevidade.

Conforme informações, a maior parte dos internos tem idade entre 60 e 79 anos. A mais idosa, que completou recentemente 107 anos foi encaminhada para o abrigo há sete anos, depois de sua casa pegar fogo no município de Cascalho Rico.

Durante bate papo, Geralda Maximiana esbanja lucidez apesar de brincar com a idade. “Como assim, quem te contou que eu tenho essa idade?”, sorriu dona Geralda.

Em relação a patologias, tão comuns na velhice, as cuidadoras confirmaram que ela toma apenas um suplemento alimentar. “Não tenho nenhuma doença. Graças a Deus minha saúde está muito boa”, afirma a interna.

Em entrevista, a assistente social Lígia de Fátima Gomes Stevão e a auxiliar administrativo Maria Francisca de Oliveira informaram que no total são 65 internos, separados por alas (25 homens e 40 mulheres), alojados em ambiente limpo e arejado, conforme apurado pela reportagem.

A respeito da maneira como o local é mantido financeiramente, as funcionárias disseram que parte das despesas é feita por meio das aposentadorias de cada um. “Para aqueles que estão lúcidos nós repassamos 30% do valor, a outra parte é administrada pelo abrigo em prol de boas condições a cada um deles”, explicaram.

Em relação aos benefícios recebidos, a assistente social afirmou que o local recebem da prefeitura, uma contrapartida representada por três funcionários (fisioterapeuta, clínico geral e fonoaudiólogo) que prestam serviços na comunidade. “Também temos um convênio por meio da secretaria de Trabalho e Ação Social. Através dele atendemos 11 pessoas, e R$ 900 por pessoa são repassados mensalmente”, exemplificou a assistente social.

Nos meses mais críticos, em que existe a necessidade de auxílio extra, a comunidade conta com a ajuda do Serviço Social de Luto Frederico Ozanan. “Nosso outro parceiro, que disponibiliza subvenção todos os meses e quando necessário, realiza os serviços fúnebres sem cobrar nada”, acrescentou.

O quadro de funcionários é preenchido por 57 profissionais, dentre eles, enfermeiros, técnicos em enfermagem, nutricionista, assistente social, motorista e auxiliares administrativos, que além de realizar sua função, colaboram para o bem estar dos idosos. “Com certeza é uma via de mão dupla. Oferecemos um pouco da nossa atenção e recebemos um carinho que dinheiro nenhum paga”, falou emocionada a irmã Francisca, auxiliar administrativo.

Conforme constatado, as visitas diárias, que são de extrema importância para a saúde psicológica dos internos, podem ser feitas das 8 às 10h30 e entre 13h30 e 16h30.

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