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Eu escolho Leonard Cohen

qua, 24 de setembro de 2014 00:02

Abertura meio desligado
Se eu tivesse a chance de escolher um único show dos muitos que tenho vontade de assistir, sem dúvida, seria Leonard Cohen. Por quê? Quem conhece já sabe, e quem desconhece… bom, acho que é impossível. Pode até não conhecer o artista, mas com certeza ouviu alguma das inúmeras versões de “Hallelujah”, composição mais famosa de Cohen.
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Leonard Cohen é um mito. Além da voz marcante e inconfundível de barítono, com graves poderosos, ainda compõe como ninguém. Uma cara reservado, que não gosta do assédio da mídia, que escreve canções sobre amor, o fim do amor, velhice, morte. Não espere clichês envolvendo esses temas. Completou 80 anos no domingo, 21, e comemorou a idade nova lançando ontem “Popular Problems”, seu 13º álbum.

Poucos conseguem esse casamento perfeito entre letra e melodia de forma tão sublime. Também pudera, antes de seguir a carreira musical, era um poeta de renome em seu país, o Canadá. Lançou o primeiro álbum aos 33 anos, “Songs of Leonard Cohen” (1967). Mostrou um folk diferente que arrebatou logo de cara tanto o público como a crítica. Cheio de belas músicas, um disco de estréia impecável, que nos presenteou com a bela “Hey, That’s no Way to Say Goodbye”.

Ao longo da carreira, conservou o estilo sólido e intimista que o consagrou, ainda que com alguns discos mais influenciados por ritmos diferentes que outros, ou mesmo com letras mais pesadas, com é o caso de “The Future” (1992). Seu método de composição é doloroso, afirmou ele em uma entrevista. Enquanto outros artistas conseguem criar com muita facilidade, a fórmula de Cohen é pura. Perfeccionista, trata com cuidado e atenção cada trecho de cada música.

Depois de viver em um monastério budista por 15 anos, precisou voltar aos palcos em 2009 depois que sua ex-empresária lhe roubou a aposentadoria. Desde então, Leonard Cohen decidiu continuar com turnês. Se nos discos de estúdio ele parece impecável, se nos discos ao vivo ele é incrível, imagine só um show. Deles, imagino o pouco que os olhos dos jornalistas entusiasmados das resenhas que li na Folha me permitiram.

Curiosidades de “Hallelujah”

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A versão mais popular é a de Jeff Buckley, que ficou conhecida e aparece mais em filmes e séries que a original. Depois de aparecer no primeiro filme da franquia “Shrek” e ser usada como hino em memória das vítimas do 11 de setembro, a música ganhou ainda mais notoriedade. Em 2001, cinco versões da música foram registradas; no ano seguinte, 14; em 2004, mais 20 covers.  Além de “Shrek”, a música apareceu em “Basquiat”, “Scrubs”, “The West Wing”, “House” e “The O.C.”. O vencedor do reality “The Voice Brasil” Sam Alves, Willie Nelson, Bon Jovi, Bono Vox e grupo Fall Out Boy também regravaram. Fico com a original de Cohen, trilha sonora do filme “Watchmen” (2009).

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