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Eleições 2018

qua, 20 de agosto de 2014 00:01

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Aos prantos, um homem derramava lágrimas pelos cantos. Sua esperança por um novo país foi interrompida por uma tragédia. Ouvi dizer de uma boca que não se cala. Não declares que as estrelas estão mortas só porque o céu está nublado. A frase, de um provérbio árabe, me veio à tona enquanto acompanhava “A Voz do Brasil”.

Entre veículos e pedestres, as ruas perdiam cor. Lembrei do fatídico 8 de julho de 2014, quando os alemães ensinaram aos brasileiros que um jogo se vence por um time. A ferida ainda não cicatrizou. No mesmo dia em que políticos iniciaram seus tumultuados discursos, a seleção brasileira ganhou novos candidatos.

Em poucos minutos, Dunga anunciou seus primeiros nomes para o caminho rumo a Copa de 2018. Olhar para a elite do futebol nacional e enxergar apenas um time em pleno decorrer da temporada não deve ser uma simples missão. Pior para os políticos, a não ser que você seja um daqueles que estouram pipocas para assistir ao horário eleitoral.

Não bastassem rádios e televisão, inundar as ruas com números e rostos pode ser muito barulho para pouco impacto. No país onde políticos defendem a democracia, alimenta-se a compra de votos. Aos poucos, começava a compreender aquele homem que inaugurava esta edição.

Fanático por futebol, ele carecia de esperanças. Morador de rua, vive à margem do país que o concebeu. Se da pátria amada se tornou órfão, tens o sentimento pela camisa que aprendeu a amar. Alguém lhe disse que em quatro anos, as estrelas poderiam voltar. Ainda assim, dispensou a previsão. Aquele homem podia não ser um eleitor, mas era o verdadeiro torcedor brasileiro.

A esperança de um verdadeiro torcedor brasileiro. Foto: Divulgação
A esperança de um verdadeiro torcedor brasileiro. Foto: Divulgação

vinheta pj

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