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A Copa do fim do Mundo

qua, 11 de junho de 2014 00:00

Abertura meio desligado
Semana passada a coluna indicou ao leitor alguns filmes sobre o futebol, aproveitando o ensejo de uma Copa do Mundo chegando. Mas não dá para fechar os olhos para tudo o que acontece em nossa volta, achar normal esquecer-se da realidade na busca pelo Hexa. É tempo de se indignar justamente porque essa alegria tem prazo de validade, porque o Brasil sedia um evento dessa proporção enquanto não consegue garantir nada do que está escrito na Constituição.

Temos um governo que apoia e ajuda ditaduras de esquerda, mas que gastou bilhões e dobrou os joelhos perante a FIFA somente para impressionar os “porcos capitalistas”. E ainda tem gente insistindo que os 700 senhorzinhos participantes da Marcha da Família vão fazer a ditadura.

Não é de hoje que o brasileiro está desanimado, sem esperanças. Até o rock está assim. Vivemos num caos disfarçado e ninguém apareceu para cantar isso. O (des)governo impera por aqui. Político corrupto é pleonasmo, rico não vai para a cadeia (ultimamente ninguém vai), Legislativo faz leis que defendem seus próprios interesses, impostos são altíssimos. O camarada pode comprar o celular do momento parcelado em 20 vezes no carnê, mas morre na fila do SUS sem terminar o ensino médio.

E essa ‘esculhambação’ contaminou a educação (basta olhar o Enem e os maravilhosos livros didáticos recomendados pelo MEC, repletos de doutrinação ideológica) aquela luz fraquinha no fim do túnel que ainda nos resta, ou restava. O sistema educacional brasileiro apodrece. O que era sucateado ficou ainda pior. Mas o dinheiro é aplicado apenas onde dá para desviar bastante. Investir em pessoas não gera esse “retorno”.
copa do fim do mundo

Filmes como “Ao mestre com carinho” (foto) e “Mentes Perigosas” este último baseado em fatos reais, mostram de onde deve partir a verdadeira mudança. Não precisava nem recorrer ao cinema para exemplificar isso. Japão e Alemanha, ao contrário do que muita gente pensa, não ficaram completamente arrasados no pós-guerra, mas já contavam com um excelente sistema educacional e cientistas capacitados para se reerguerem.

Nada contra torcer pelo Brasil, vibrar com a seleção. Até porque esse “pão e circo” descarado não colou tão bem. Mas é sempre bom ter em mente que, antes, durante e depois da festa, quem paga somos nós.
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“Farnese de Saudade” em Araguari

FarneseNo mundo da música, cinema, artes, há alguns artistas “injustiçados”, que não tem sua genialidade reconhecida enquanto ainda é vivo, ou mesmo muito tempo após sua morte. Assim aconteceu com o artista plástico araguarino Farnese de Andrade (foto), cuja trajetória foi levada para os palcos através do espetáculo dirigido por Celina Sodré. Vandré Silveira interpreta o artista, numa espécie de monólogo biográfico. As impressões adquiridas para compor o personagem e o roteiro nasceram do estudo intenso de textos, vídeos, entrevistas e depoimentos de pessoas próximas a Farnese. É imperdível por várias razões: serão duas apresentações na Capela da Unipac, às 19h e 21h do dia 19 (feriado de Corpus Christi); a peça recebeu indicações para prêmios e foi sucesso de crítica; Farnese é nosso conterrâneo, e ainda se não fosse, é um artista conhecido internacionalmente; com realização da Faec “Farnese de Saudade” terá entrada franca.
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Depois de quase 20 anos, Bill Watterson publica tirinhas secretamente

calvin-e-haroldo-capaO pai de “Calvin e Haroldo” desenhou histórias publicadas na semana passada, da série “Pearls Before Swine”, do cartunista Stephan Pastis. Há quase duas décadas aposentado e conhecido por seu jeito recluso, Bill Watterson não assinou o trabalho e pediu segredo ao colega. A vontade dele de se envolver com “Pearls” era antiga, conforme noticiou o jornal “Washington Post”. Pastis viu a parceria como o ponto alto de sua carreira. As tirinhas desenhadas por Watterson estão disponíveis em: stephanpastis.wordpress.com/2014/06/07/ever-wished-that-calvin-and-hobbes-creator-bill-watterson-would-return-to-the-comics-page-well-he-just-did/

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